quarta-feira, 15 de maio de 2013

Projeto do Porto do Rio é premiado por inovação




Brasil Econômico, 14/mai

Modelo de captação de recursos é reconhecido pelo International Finance Corporation
A engenharia financeira que ajudou a levantar recursos de R$ 3,5 bilhões para as obras de infraestrutura da Operação Urbana Porto Maravilha, projeto de revitalização da região na área portuária do Rio, foi apontada como uma das dez melhores parcerias público privadas da América Latina e Caribe pelo International Finance Corporation ( IFC). A instituição é membro do Banco Mundial, voltada para o setor privado nos países em desenvolvimento. O prêmio foi entregue no último dia 28 de abril, em Washington (EUA) e selecionou as melhores soluções em inovações econômicas e tecnológicas. Segundo Rafael Daltro, gestor de Contrato e Relações Institucionais da Concessionária Porto Maravilha, o IFC fez um estudo das iniciativas de PPPs em países emergentes.
"O projeto ficou entre os que receberam mais destaque pelo desenvolvimento social, pela facilidade de ser replicado e por sua inovação em um modelo de financiamento especifico, no caso, a captação dos recursos por meio de títulos mobiliários (Cepacs). A engenharia financeira foi bem montada e já está sendo copiada por outros municípios. A combinação do investimento em infraestrutura urbana com desenvolvimento imobiliário e serviços urbanos mais eficientes e inovadores na região gera um circulo virtuoso que beneficia toda a população", explica Rafael Daltro.
Os Cepacs são títulos imobiliários que foram 100% comprados pelo FI FGTS e resultaram na captação de R$ 3,5 bilhões pela Prefeitura do Rio, que utiliza os recursos nas obras de infraestrutura. Os títulos podem ser comprados por empresas que queiram adquirir ativos para construção de empreendimentos acima dos limites básicos de áreas e de gabaritos.
Empresas como a Odebrecht Realizações e o Porto Rio 2016, empreendimento residencial que vai abrigar a Vila de Mídia não oficial dos Jogos Rio 2016, estão entre os que já compraram títulos junto à Caixa, banco responsável pela operação com os Cepac.
"Os Cepacs financiam parte dos R$ 7,5 bilhões destinados às obras na região e à prestação de serviços da Concessionária Porto Novo por um período de 15 anos. O grande diferencial desse projeto foi a criação de um título pela prefeitura, comprado pelo mercado", diz Daltro.
Este é o segundo prêmio de reconhecimento de abrangência internacional recebido pela Operação Urbana Porto Maravilha. O primeiro foi concedido pela KPMG e foi apresentado na segunda edição do relatório "Infrastructure 100: World Cities Edition", durante a Cúpula das Cidades do Mundo, em Cingapura, em junho do ano passado.
A requalificação da Região Portuária integrou a lista dos 10 projetos brasileiros que constam entre as cem iniciativas de infraestrutura urbana mais inovadoras e inspiradoras do mundo.

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