quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Oportunidade fantástica de transformação


Em evento promovido pelo GLOBO, Paes diz que impacto dos Jogos no Rio será maior do que em Londres
O prefeito Eduardo Paes disse ontem, durante o seminário "De Londres ao Rio, exemplos e lições para 2016", que os Jogos Olímpicos cariocas serão mais importantes para a cidade do que foram as últimas Olimpíadas para a capital inglesa. Promovido pelo GLOBO e pelo jornal "Extra", com o patrocínio do Bradesco e da GVT, o evento foi realizado no Hotel Marriott, em Copacabana.
- Vivemos uma oportunidade fantástica de transformação. Para a cidade, nossas Olimpíadas serão mais impactantes que as de Londres - disse Paes.
Segundo ele, a organização dos Jogos segue alguns mandamentos: a capacidade de criar uma cultura de planejamento; gastar poucos recursos públicos, potencializando o capital privado quando possível; investir nas pessoas; estimular novos negócio; e maximizar a imagem da cidade. Para o prefeito, essas premissas são mais importantes para a cidade do que os números do evento em si. A expectativa é que as Olimpíadas de 2016 tenham 17,7 milhões de ingressos, mais de quatro bilhões de espectadores e cerca de cem mil pessoas envolvidas na sua organização:
Esportes - Mercado aposta em desvalorização dos direitos de transmissão da Olimpíada de 2020 O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) tem o papel de olhar o evento esportivo em si. O papel do prefeito é olhar a cidade. Isso inclui investimentos em infraestrutura. Com a implantação de quatro corredores de BRT, vamos passar de 18% para 63% o total de usuários de transportes de alta capacidade na cidade. Até 2016, vamos concluir o projeto de reurbanização da Zona Portuária. Se não fossem os Jogos, esses investimentos no Porto seriam para 15 anos. E, até 2020, o programa Morar Carioca terá urbanizado todas as favelas da cidade.

Hora de decisões estratégicas
Segundo Paes, não apenas os governos, mas a iniciativa privada deve estar atenta ao momento, para não perder oportunidades, porque a escolha de um país para receber a Copa do Mundo e as Olimpíadas é uma decisão geopolítica. Por isso, é uma ocasião para se honrar prazos, contratos e pensar em decisões estratégicas que melhor atendam aos interesses de cada setor.
Também durante o seminário - que teve a jornalista Flávia Oliveira, do GLOBO, como mediadora -, o prefeito comentou a decisão do Ministério Público do Rio de entrar na Justiça questionando o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), por ter concedido licença, sem estudos de impacto ambiental, para a construção do autódromo de Deodoro. Paes disse acreditar que ainda é possível um entendimento com o MP.
Para o presidente do COB e do Comitê Organizador Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, o legado dos Jogos mudará o Rio de Janeiro:
- O legado será para a juventude, e isso é o que vejo como mais importante. O Rio deixará a marca da transformação como nenhuma outra cidade. Todas as cidades marcam os Jogos. Não se deve comparar cidades, porque são diferentes. Mas Londres, mesmo tendo ficado preocupada com o sucesso de Pequim 2008, entregou Jogos excelentes. Foram extraordinários e marcaram uma forma diferente de fazer os Jogos. E o Rio? O Rio vai ser diferente.
O dirigente tornou a explicar que o plano básico dos Jogos do Rio inclui quatro regiões: Maracanã, Deodoro, Copacabana e Barra da Tijuca. Durante a candidatura, o COB chegou a ter dúvidas quanto a apresentar um projeto com quatro regiões, porque isso daria margem a críticas das outras cidades postulantes, que poderiam apontar como ponto fraco as distâncias entre os locais de competição e a deficiência nos transportes.
- Optamos por correr o risco e enfrentar (as adversárias), para que a cidade toda fosse beneficiada. A cidade toda terá os Jogos. Deodoro, por exemplo, é o bairro com maior concentração de jovens, que estão ávidos por um caminho. Tudo isso fará do Rio o símbolo da maior transformação já sofrida por uma cidade por causa dos Jogos Olímpicos. O Rio passará a ser o grande exemplo - enfatizou Nuzman.

Arquiteto elogia mobilização
Segundo o arquiteto Adam Williams, diretor de Planejamento, Desenvolvimento e Design da Aecom, empresa britânica de arquitetura e engenharia responsável pelo Parque Olímpico para os Jogos de 2016, em Londres os organizadores tiveram dificuldade com a mobilização da população.
- Alguns ingleses tratavam (o assunto) com cinismo, pouca animação. É difícil reunir uma cidade inteira em torno de um evento. Muitos em Londres nem sabiam sobre as Olimpíadas. Aqui é diferente, todos estão interessados, perguntam, querem saber. Há mobilização. É uma energia incrível que vem desta cidade - afirmou Adam.
O arquiteto disse que outro objetivo no Rio é criar um legado esportivo com a construção de um centro de treinamento para o COB, com a infraestrutura necessária para aprimorar a técnica de grandes talentos do esporte.




imagens do projeto do RIO 2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário