segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Construtoras investem em tecnologia de ponta voltada para segurança

O Fluminense, Lislane Rottas, 1/ago

O aumento da violência nas grandes cidades faz com que construtoras invistam em alta tecnologia para garantir uma segurança eficaz nos imóveis. Equipamentos de segurança ativados por toque, fechaduras eletrônicas, câmeras de alta resolução, sensores de movimento e leitores faciais estão entre os serviços e produtos mais pedidos. 

Segundo Francisco Gerotica, gerente comercial da Alphaville, a disponibilidade dos condomínios em oferecer segurança aliada à tecnologia, pode ser um fator decisivo na hora da compra de um imóvel.

"Este componente é muito procurado devido ao aumento da violência no país. Por isso, a tecnologia é extremamente importante para tornar os residenciais mais seguros, com fácil monitoramento pelos moradores. O uso de tecnologia é a responsável por não haver assaltos dentro dos nossos imóveis", garante.

Ele conta que as ferramentas tecnológicas fazem parte do planejamento do projeto e não afetam de forma significativa os preços dos imóveis.

"Os clientes demonstram estar dispostos a pagar um pouco mais por conta da segurança. É exatamente este fator que atrai o público para adquirir um imóvel nosso. Através de uma gestão participativa, os moradores são responsáveis por seguir o plano diretor e estruturar a segurança dos empreendimentos", comenta.

A João Fortes Engenharia aposta nos serviços tecnológicos para imóveis comerciais com o intuito de atender às solicitações dos empresários.

"Queremos atender o empresário e profissional liberal que busca segurança, tecnologia, comodidade e conforto", revela Jorge Rucas, diretor de negócios de Niterói.

Ele destaca que também existe a opção de instalação de um sistema de segurança perimetral no edifício.

"O sistema conta com sensores infravermelhos, monitoramento dos acessos principais do empreendimento, Circuito Fechado de TV e controle de acesso através de catracas automatizadas, com cadastro de frequentadores em banco de dados através de webcam na recepção", descreve.

 

Praticidade - Entrar em casa sem precisar de chaves, utilizando apenas a identificação biométrica já é realidade nos imóveis da construtora Rossi. A biometria digital permite ao usuário ter acesso a sua residência por meio de escaneamento das impressões digitais em uma fechadura especial.

Outra empresa que também utiliza a fechadura biométrica é o grupo Avanços Aliados. Além desta tecnologia, os moradores de alguns empreendimentos dispõem de uma central de automação.

"Esse sistema permite que moradores, com apenas um controle remoto, acionem abertura e fechamento de cortinas, ar-condicionado, e iluminação. Além disso, se tiver câmeras instaladas em sua residência, o cliente poderá monitorar estes equipamentos à distância por meio de smartphone e tablet, diz a gerente de marketing da empresa, Erika Moulin.

De acordo com Rogério Alberto, diretor de comunicação da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), para que realmente a tecnologia aja a favor do condomínio é preciso ter organização e um plano de ações. 

"Às vezes o número de câmeras não importa e sim o posicionamento de cada uma. Essa é a importância de um consultor de segurança realizar a análise de risco. Ele determinará onde são os pontos mais vulneráveis e quais os equipamentos realmente necessários para o local. Com base nessa avaliação, um projeto de segurança deverá ser criado e discutido com o síndico do condomínio", explica.

Para orientar administradores de condomínios e síndicos, a Abese disponibiliza uma cartilha completa sobre segurança eletrônica e quais as melhores opções de equipamento que devem ser utilizados em cada ocasião e tipo de prédio. 

 

Inovação - Entre as novidades deste mercado está um aparelho que identifica e grava a voz de quem está tentando abrir a porta. Segundo o gerente comercial da Azand Equipamentos Eletrônicos, Wilson Azand, os condomínios e edifícios comerciais são os grandes compradores desse equipamento.

"Além de identificar a voz, esse equipamento permite filmar o rosto claramente e, por ser simples de manusear, dispensa grandes conhecimentos de informática", comenta Azand.

Outra novidade é o sistema "antiarrastão", fornecido pela empresa Siemens, que é composto por câmeras com softwares instalados que detectam movimentação em áreas estratégicas, como a guarita ou a sala de segurança do condomínio. 

"Quando um botão de alarme é acionado ou alguém entra no ambiente, as imagens geradas são enviadas automaticamente à central de segurança da empresa. A transmissão de imagens permite que o cliente as visualize pelo telefone celular ou pela internet", acrescenta Ricardo Polli, gerente da Siemens.

Ele afirma que uma vantagem da inteligência de vídeo é detectar um tumulto sem que o operador precise olhar as imagens continuamente.

"Uma opção para condomínios é uma câmera com infravermelho que faça gravação de imagens noturnas", completa Ricardo. 

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