quarta-feira, 12 de junho de 2013

Arquitetos discutem BRT na Primeiro de Março

O Globo, Letícia Fernandes, 12/jun

A apresentação do novo projeto viário para o Centro provocou polêmica, na última segunda-feira, no auditório do Instituto dos Arquitetos do Brasil do Rio (IAB-RJ). Entre as novidades, os pontos que mais geraram discussão foram o trecho do BRT Transbrasil (Baixada-Centro), na Rua Primeiro de Março, e a implementação do VLT (veículo leve sobre trilhos) na Avenida Rio Branco, que transformará a 
Cinelândia em área de pedestre.

Os detalhes do projeto foram apresentados pelo arquiteto e presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, Washington Fajardo. O BRT Transbrasil, uma das mais importantes intervenções, terá cerca de 32 quilômetros de extensão e capacidade para transportar, diariamente, 900 mil passageiros. O custo da obra é de R$ 1,5 bilhão.


Para os arquitetos que participaram do debate, o ideal é que haja uma inversão. Ou seja, a Avenida Rio Branco, que segundo eles não tem importância arquitetônica, deveria ser cortada pelo BRT, que trafega em alta velocidade. Já a Rua Primeiro de Março, que reúne centros culturais importantes e tem calçadas estreitas, poderia se valer do sistema de VLTs.

- Se fala em aumento da mobilidade e querem fechar a Rio Branco? A via é ideal para receber o sistema de BRT, tem calçadas largas e, arquitetonicamente falando, não tem importância alguma. Já a joia da Coroa, a Rua Primeiro de Março, que tem calçadas de quarenta centímetros com postes no meio, vai ganhar um BRT. O projeto tem uma permanência e um impacto na cidade que merece ser repensado - disse Carlos Fernando Andrade, arquiteto e ex-superintendente do Iphan/RJ.

Criticado pelos colegas, Fajardo afirmou que aceita sugestões que visem melhorar o projeto, e que o encontro tinha exatamente esta finalidade:

- Aceitamos contribuições. Mas acho interessante converter a Cinelândia em área de pedestres. O trecho é o nosso espaço republicano, de representação política. Há uma centralidade viva na Rio Branco.
Área no centro será fechada

A ideia é que o VLT, que vai integrar diversos meios de transporte, ligue a Zona Portuária ao Aeroporto Santos Dumont. A previsão é que a malha das seis linhas de VLTs tenha 30 quilômetros. No trecho da Av. Rio Branco, o mais polêmico, o desejo da prefeitura é que se crie um Corredor Cultural entre a Rua Nilo Peçanha e a Cinelândia. Essa área será fechada para carros, com o VLT passando pela lateral.

- Hoje, ainda temos o problema do Centro esvaziado no fim de semana. Com esse projeto, pode haver um uso mais intenso da região. Vejo esse território com grandes possibilidades de reconquista da vitalidade perdida, e a mobilidade vai auxiliar na nova dinâmica. A prefeitura quer mudar o Centro, precisamos oferecer transporte efetivo e entregar até 2016 um novo modo de circulação, que valorize o pedestre - explicou Fajardo.

Apesar de discordar de partes do projeto, Sidney Menezes, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ), ressaltou a importância de se ter um arquiteto à frente das discussões:

- Como dizemos no meio, ele (Fajardo) entende do riscado. E acenou com a possibilidade de receber contribuições, e isso é ótimo. O projeto tem sentido, um sistema viário para a cidade que integra vários transportes. Mas espero que a possibilidade de passagem de um BRT na Primeiro de Março seja revista.

Grupo Accor e parceiros lançam Novotel Macaé


Monitor Mercantil, 12/jun

Impulsionada pelo crescimento econômico da cidade de Macaé (RJ), a Maio Empreendimentos e a Construtora Paranasa, em parceria com o grupo Accor, anunciam mais um grande empreendimento: o Novotel Macaé. Com investimentos de R$ 80 milhões, o hotel contará com 197 apartamentos de categoria superior e tem conclusão prevista para o segundo semestre de 2015. Os detalhes do Novotel Macaé estão sendo mostrado no estande exclusivo na Brasil OffShore.


A uma quadra da Praia dos Cavaleiros, o hotel tem o objetivo de atender ao público proveniente do intenso fluxo de negócios que o mercado de petróleo e gás trouxe para a cidade. São executivos, empresários e profissionais que passam a semana em Macaé a trabalho, para fechar negócios ou visitar empresas.

"A Bacia de Campos - onde se localiza Macaé - é responsável por 80% da produção de petróleo e 47% da produção de gás natural do país. Em função disso, a cidade cresceu mais de 600% nos últimos dez anos, resultando em uma população flutuante equivalente a mais de 30% da população residente. Portanto, o Novotel vem atender a uma demanda própria da cidade, que possui grande déficit de unidades/dia", ressalta o diretor da Maio Empreendimentos, Jânio Valeriano.

TV digital para o "Minha casa"


Extra, Lara Mizoguchi, 12/jun

As famílias beneficiadas pelo programa de habitação popular "Minha casa, minha vida" poderão comprar notebook, TV digital e lavadora de roupas automática, entre outros itens, por meio de um cartão magnético operado pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil (BB) e aceito em lojas cadastradas em todo o país. O pagamento poderá ser feito por débito em çonta ou boleto bancário. O interessado não precisará ser correntista de nenhuma instituição. O anúncio da nova linha de financiamento para móveis, eletrônicos e eletrodomésticos deverá ser feito hoje, pelo Ministério das Cidades, com a participação da presidente Dilma Rousseff.
Na lista dos itens que poderão ser comprados com o cartão também estão geladeira e fogão, além de móveis, como guarda-roupa, camas de casal e solteiro, mesa com cadeiras e sofá.
O contemplado poderá usar o cartão no período de um ano. Ele terá um crédito no valor de até R$ 5 mil, que poderá ser usado aos poucos, com o pagamento da primeira parcela após 12 meses. Porém, se atingir o limite máximo de gasto antes de um ano, vai pagar a primeira prestação imediatamente no mês seguinte. O prazo de pagamento será de até 48 meses. A taxa de juros ainda não foi informada.
O crédito será destinado tanto a novos mutuários quanto aos que já tiveram as moradias entregues. Quem li¬quidou o financiamento também terá direito. Provavelmente, o cartão será solicita do nas agências bancárias.
O crédito será destinado a três faixas de renda do programa: até R$ 1.600 (faixa 1); entre R$ 1.600  e R$3.275 (2); e de R$ 3.275 a R$ 5 mil (3). Até agora, 1,4 milhão de famílias foram contempladas pelo programa e, portanto, poderão se beneficiar da modalidade.
A previsão até o fim do ano é de que 1,9 milhão de famílias sejam beneficiadas com imóveis do "Minha casa".