quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Preço do imóvel sobe 1% pelo 3º mês seguido

Preço do imóvel sobe 1% pelo 3º mês seguido

O Estado de São Paulo, Márcia De Chiara, 05/set

Os preços dos imóveis prontos, novos e usados, dão sinais de acomodação. Depois da euforia registrada no ano passado, os preços em agosto do metro quadrado dos imóveis em seis capitais e no Distrito Federal subiram 1%, pelo terceiro mês seguido, segundo o índice FipeZap. O indicador levanta os preços dos imóveis anunciados na internet.
Das sete praças pesquisadas em agosto, em quatro delas houve desaceleração ou recuo nos preços na comparação com o mês anterior. O preço do m² em Belo Horizonte teve variação negativa de 0,2% em agosto ante julho. Em Salvador (1,1%), Fortaleza (1,4%) e Recife (0,2%). Os resultados de agosto foram ainda positivos, mas bem menores na comparação com os de julho. Em São Paulo e no Rio, os preços em agosto subiram 1,4% e 1,2%, respectivamente, variações positivas, porém inferiores à média mensal em quase dois anos, que é de 1,7%.
 
Eduardo Zylberstajn, coordenador do índice e economista, observa que o indicador mensal está na casa de 1% porque os preços dos imóveis localizados em São Paulo e no Rio de Janeiro subiram e essas praças são as que mais pesam no índice geral. Além disso, como nos últimos meses muitas construtoras reduziram o volume de lançamentos de imóveis novos para se adequar à nova realidade de mercado, esse movimento deu uma certa resistência aos preços de imóveis prontos, usados ou novos, nas principais praças do País.
 
Zylberstajn ressalta que o momento de euforia dos preços, provocada em boa parte pela maior oferta de crédito, ficou para trás. No ano passado, por exemplo, diz o economista, a valorização média dos preços do m² oscilava entre 2% e 3% e agora é de 1%.
 
Outra comparação que reforça a tese de que os preços do m² estão perdendo o fôlego é o fato de que os valores pedidos registraram variação inferior à inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês passado. O IPCA para agosto esperado pelo mercado é de 0,38%. Em Belo Horizonte, a queda foi de 0,2%. No Recife e no Distrito Federal houve alta de 0,2% nos preços do m² no mês passado.
 
Termômetro
O coordenador do índice pondera que, como hoje o mercado imobiliário passa por um momento de transição, a variação média dos preços nas sete regiões pesquisadas não é um bom termômetro. "O comportamento dos preços entre as praças é muito diferente." Isto é, enquanto os preços caem em Belo Horizonte, eles sobem, porém em ritmo bem mais moderado, no Rio e em São Paulo. Zylberstajn acredita que, daqui para a frente, o comportamento dos preços dos imóveis será muito influenciado por fatores regionais, típicos de cada bairro, do que por fatores macroeconômicos, como juros e crédito.
O fim da euforia de preços dos imóveis também fica claro quando se avalia o comportamento do m² no ano e em 12 meses. De janeiro a agosto deste ano, o preço médio do m² subiu quase 10%. Em igual período de 2011, a variação era quase o dobro, de 19%.
Movimento semelhante é observado na comparação em 12 meses. Entre julho do ano passado e agosto deste ano, os preços médios nas sete regiões pesquisadas subiram 16,3%.
A variação registrada nas mesmas bases de comparação em 2011 havia sido de 29,7%. A desaceleração dos preços é nítida no Rio. Em 12 meses até agosto de 2011, a alta tinha sido de 42,2%. Agora é de 18,4%.

Índice que reajusta aluguéis sobe 1,43% em agosto

Índice que reajusta aluguéis sobe 1,43% em agosto

Extra, 02/set

A inflação medida pelo índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), referência nos reajustes de aluguéis, subiu 1,43% em agosto, contra 1,34% em julho, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Mercado Imobiliário no Brasil

Beleza interior

Valor Econômico, Blue Chip, 03/set


 A explosão do mercado imobiliário no Brasil fomentou o aparecimento e expansão de negócios que atuam diagonalmente no setor, mas lucram diretamente com ele, à semelhança da relação entre os gadgets da Apple e a profusão de marcas de cases, bolsas e outras miudezas que vestem os aparelhinhos. A carioca Lafem Engenharia, que atua na área de construção há 28 anos, percebeu a oportunidade em 2009 e montou uma nova empresa, dedicada exclusivamente a obras de alto padrão. A Prime Lafem, afirma Paulo Renato Paquet, diretor comercial, tem uma atuação restrita pela demanda, concentrada em casas e apartamentos na zona Sul do Rio e em cidades da Serra Fluminense, como Itaipava. Ainda assim, conseguiu bater neste mês a meta de contratos para o ano - R$ 20 milhões. A expectativa de faturamento bruto agora é de R$ 30 milhões, mais de três vezes maior que a registrada em 2011, de R$ 9 milhões.


 A companhia realiza projetos assinados por arquitetos - André Piva, Maurício Nóbrega e Cynthia Pedrosa, por exemplo -, que incluem planos de acústica, automação e acabamentos mais complexos, com tecnocimento, cerâmicas especiais (com aspecto de pedra ou madeira) e paginação com poucas juntas. A equipe própria conta com um superintendente, três arquitetos e seis engenheiros e as reformas custam no mínimo R$ 1 milhão. No portfólio da Prime Lafem estão uma butique Nespresso, o restaurante Le Saint Honoré e a unidade do Leblon da academia Bodytech. "O volume de negócios não é grande, mas as obras são de menor risco", diz o executivo. Os contratos da Prime Lafem representam pouco mais de 10% das vendas de Prime Engenharia. Para Paquet, ainda há espaço para crescer e chegar a 20%. As empresas têm razões sociais e sedes diferentes, mas são geridas pelos mesmos sócios - Paulo Renato Paquet, Fernando Lima e Roberto Seabra - e têm o mesmo CEO, Ernani Cotrim.          

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Windsor aposta em "hotéis verdes"




O Dia, Rio de Negócios, 03/set

A rede Windsor terá no Rio dois hotéis cinco estrelas, instalados na Barra da Tijuca. Os dois empreendimentos, que serão construídos pela SIG Engenharia, prometem ser ecologicamente corretos desde a fundação. Ainda durante as obras, até 70% dos resíduos serão reaprovertados e os custos com transporte serão minimizados com o uso de materiais fabricados em um raio de até 800 km. A conclusão das obras está prevista para o primeiro semestre de 2014 e os dois contratos somam R$ 285 milhões.

Bradesco tira projetos de incorporação do papel


Brasil Econômico, 04/set

Empresa, criada no final do ano passado, já tem empreendimentos alugados e agora estuda a criação de fundos
Juros baixos e a carência de salas comerciais em determinadas regiões do país são os alicerces da Bradesco Seguros e Previdência na sua investida na área de incorporação, que teve início no final do ano passado com a criação da subsidiária BSP Empreendimentos Imobiliários, que é responsável pela gestão dos 827 imóveis do grupo. A idiea é obter o maior retorno possível de imóveis que localizados em áreas nobres.
De acordo com presidente da empresa, Samuel Monteiro, os 827 imóveis hoje pertencentes ao Bradesco possuem um valor de custo de R$ 1,3 bilhão, "mas o valor de mercado é muito maior". A projeção é que a incorporação de 100 deles, que estão localizados em São Paulo e Rio, eleve o valor para ao menos R$ 6 bilhões.
Esse processo já teve início e tem deixado os executivos do grupo satisfeitos. A BSP escolheu três agências que estão alocadas em áreas próprias e nesses locais irá erguer empreendimentos comerciais. Monteiro afirmou que nesses primeiros projetos todas as unidades já estão locadas. "O mercado imobiliário no Brasil ainda tem um campo imenso para crescer. Tem muita demanda nas grandes nas capitais."
Um deles é o Projeto AlphaVille, em Barueri (Grande São Paulo), com 32 mil m² de área bruta locável (ABL) e que será ocupado por lojas e escritórios, além da agência do Bradesco, que fica temporariamente instalada em um outro local até a obra ficar pronta. O mesmo irá ocorrer com o local onde está a agência do Bradesco na Visconde de Pirajá, no bairro carioca de Ipanema. O empreendimento terá 4 mil m² de ABL. Ambos já estão com as unidades alugadas. O terceiro projeto será na Consolação, em São Paulo - a área a ser locada não foi informada.
Os próximos projetos serão em Porto Alegre (RS) e Salvador (BA), além do retrofit (modernização) de um prédio de dez andares na Pio X, no centro do Rio de Janeiro.
A BSP irá atender a diversos negócios do grupo Bradesco. Segundo Monteiro, além do melhor aproveitamento das áreas, os recursos da seguradora poderão ser investidos nesses projetos como uma opção a investimentos de longo prazo. Além disso, estuda-se ainda fazer fundos imobiliários em que investirão nesses empreendimentos, tendo como retorno a renda dos aluguéis, que a BSP estima que possa alcançar 10% mais variação do IGP-M. Nesse caso, as cotas seriam oferecidas a investidores e clientes do banco.
Parcerias
O presidente da seguradora, Marco Antonio Rossi, afirmou que a motivação para a criação da empresa foi a captura de oportunidades. "Vamos transformar esses terrenos para agregar valor ao acionista", disse durante encontro com investidores e analistas na capital paulista, na semana passada.
O negócio também já despertou o interesse de empresas que estão interessadas em parcerias. "Já fomos procurados por redes de hotéis, redes e varejo e universidades estrangeiras, mas tudo está só em estudo", garantiu Monteiro.
A empresa tem hoje 20 funcionários e terceiriza parte dos serviços, como a construção. No primeiro semestre, o lucro foi de R$ 160 milhões.
O analista da CGD Securities Flavio Conde, avalia como positiva a iniciativa da seguradora, porque amplia o número de áreas disponíveis para empreendimentos. "Um investimento desses não faz cócegas no resultado da empresa controladora em termos de custos e para o mercado é positivo porque são áreas que antes não estavam disponíveis para projetos."

Tivoli inaugura resort residencial e mira Brasil para a Copa




Brasil Econômico, 04/set

Grupo português foge da crise na Europa e investe no país em busca de novas oportunidades no mercado imobiliário
Com investimento de R$ 72 milhões, o Tivoli Hotels & Resorts entrega neste mês o primeiro condômino de luxo do grupo português, que até então atuava apenas no ramo hoteleiro. O projeto surgiu há dois anos como teste para a empresa que pretende ampliar os negócios.
Com 14 hotéis, sendo 12 em Portugal e dois no Brasil, o grupo escolheu o país por causa do paisagismo local e, estrategicamente, por conta do terreno disponível ao lado do Ecoresort Praia do Forte, que fica no litoral do mesmo nome, na Bahia. O Tivoli Ecoresidences Praia do Forte possui 42 casas, que já serão entregues prontas. De acordo com o diretor de operações do grupo, João Eça Pinheiro, a escolha em não vender lotes e sim propriedades foi por praticidade. "Não queríamos fazer apenas um projeto e sim entregar uma obra de arte", disse Pinheiro.
O condomínio já tem 70% das casas compradas, na sua maioria por hóspedes frequentes do resort, que é totalmente integrado ao condomínio. Os proprietários terão acesso às piscinas, lavanderia, entre outros serviços do hotel de luxo já instalado na região. Ovalor médio de uma propriedade no espaço é de R$ 2 milhões.
O desenvolvimento do Brasil nos últimos anos e o aumento do poder aquisitivo da população está fazendo com que o grupo português olha mais de perto para o país. Fugindo da crise na Europa e dos investidores falidos, o Tivoli vê nos brasileiros o melhor cliente no momento. "Com o passar dos anos, o perfil do nosso público inverteu. Estrangeiros estão vindo menos para o nosso resort e paulistas estão invadindo nossos quartos", afirmou Pinheiro.
O grupo informou que não tem previsão de novos investimentos no país e também não há intenção de abrir novos hotéis no próximo ano. Porém, Pinheiro informou que há cinco anos, o grupo Tivoli Hotels & Resorts tem investido em reformas aqui no Brasil de olho também nos campeonatos esportivos que irão acontecer mos próximos anos. O resort na Bahia já foi escolhido entre os três estabelecimentos que irão receber seleções na Copa do Mundo em 2014. "Nós estamos a 40 minutos do aeroporto. Nosso ponto é bom pra a Copa, Olimpíadas e para o dia-a-dia", afirmou o diretor.

Recuperação da Praça Tiradentes traz à tona discussão sobre mudança de perfil da área




De dia, escritório; à noite, cabaré

O Globo, Ludmilla de Lima, 04/set

Do alto do seu cavalo de bronze, Dom Pedro I já viu acontecer de tudo um pouco na Praça Tiradentes. Em 150 anos, passaram, diante da estátua, Bidu Sayão criança; o maestro Carlos Gomes; os espetáculos do Teatro de Revista; os encontros na tipografia de Paula de Brito, que reunia grandes nomes da literatura brasileira, a começar por Machado de Assis; os últimos momentos de Chiquinha Gonzaga e as filas para entrar na Estudantina nos anos 1980. O monumento também testemunhou a praça mergulhar em decadência nas últimas décadas. E o que será que os olhos do imperador verão nos próximos anos? Recentemente revitalizada e sem os gradis que a separavam do povo, a Tiradentes agora busca nova vocação, que também pode representar um retorno ao passado glorioso. O empresário Armando José da Costa Dias, de 48 anos, diz que o comércio está meio perdido, e a praça sem um perfil definido. Ele representa nada menos que a terceira geração da família que comanda a sapataria Tic Tac, na Tiradentes desde 1919.
- Estamos num período de transição - explica Armando diante da promessa de novos investimentos para a praça, que incluem um cabaré voltado para o Teatro de Revista e até um hotel cinco estrelas (o primeiro do Centro do Rio). - É preciso que a circulação volte à praça. Perdemos gente com a retirada dos pontos de ônibus. Mas isso pode ser compensado com a vinda de novos empresários.
O anúncio da ocupação de alguns edifícios históricos, hoje malconservados, parece trazer ânimo para quem já aposta na praça há tempos. Isnard Manso, presidente da associação Polo Novo Rio Antigo e fundador do Centro Cultural Carioca, continua acreditando na área: há um ano, ele abriu o Gaspar, bar e braseiro que hoje ajuda a movimentar a região também à noite. O negócio funciona próximo ao Teatro João Caetano, num casarão de três andares que também abriga a companhia de dança de Isnard.
- A praça está à espera de empresários mais audaciosos, que ajudem a mudar a ocupação do local - afirma Isnard, que defende incentivos fiscais para atrair novos empreendimentos.
Cabaré de R$ 1 milhão deve ser aberto em 2013
Ele é do time que acredita na velha praça - a dos teatros, cafés e restaurantes, movimento que teve seu apogeu no século XIX. O empresário Plínio Fróes, do Rio Scenarium, abrirá, no fim do ano que vem, um cabaré na Tiradentes, voltado para o Teatro de Revista e com papel também de casa noturna. O negócio abrangerá dois casarões interligados, que já tiveram suas fachadas recuperadas. As obras, que incluem refazer toda a parte interna, praticamente em ruínas, custarão R$ 1 milhão.
- Não vamos repetir nenhuma receita do que fizemos até hoje e vamos evocar o passado da Praça Tiradentes. Para isso, nada melhor do que desenvolver a vocação da praça no passado, que era dos cabarés e do Teatro de Revista.
O empresário ainda adquiriu um terceiro imóvel, que ele pretende usar para eventos fechados. Mas o mais novo investimento anunciado é o da transformação do Hotel Paris num cinco estrelas. Para repaginar o antigo ponto de prostituição, os irmãos François-Xavier e Jacques Dussol gastarão R$ 10 milhões. Perto dali, o Centro de Referência do Artesanato, do Sebrae, prepara-se para expandir sua área para o Solar do Visconde do Rio Seco, a mais antiga construção da praça (do final do século XVIII), tombada pelo Iphan, e há anos desocupada pelo estado. Numa estimativa do Sebrae, que tem agora a concessão do endereço, serão gastos R$ 50 milhões nas obras de recuperação, que começam no ano que vem e ficam prontas para a Copa de 2014.
A vida noturna na Praça Tiradentes tende a ganhar novas opções e público, mas a vontade da prefeitura é que a característica da área seja a mais diversa possível. Animado com o projeto do Sebrae, o arquiteto Washington Fajardo, presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, diz que o município trabalha para que a noite não sejo o principal atrativo. Para ele, a recente instalação de dois escritórios de design e um de advocacia contribui para essa linha.
- A gente não pode deixar que a Praça Tiradentes reproduza o modelo da Lapa, onde a setorização noturna traz muitos problemas de gestão urbana e afasta a população fixa. A praça tem potencial de manter a diversidade de usos, de atrair mais gente para morar, além de empresas e comércios - diz Fajardo.
Marcos Corrêa, diretor do Espaço Acústica - endereço que promove festas há dois anos e que hoje realiza um debate, às 18h, sobre o futuro da Tiradentes e da Lapa -, afirma que a área tem potencial para se unir à Rua do Lavradio e atrair negócios no campo da cultura. Para ele, é preciso que a Tiradentes seja ocupada, especialmente à noite:
- Hoje é impossível fazer qualquer coisa na Praça Tiradentes numa quarta - diz Corrêa, que, aos poucos, vê os ambulantes invadirem a praça nas noites de festa, na falta de estabelecimentos noturnos.
Uma coisa é certa: independentemente de quem chegue, o novo e o antigo serão vizinhos. A começar pela Estudantina, cujo fantasma do despejo foi afastado com o tombamento. A casa continuará mantendo a tradição das gafieiras na praça, enquanto o João Caetano e o Carlos Gomes preservarão a dos teatros. Este último passa por uma restauração, que custará R$1,7 milhão ao município. Segundo o secretário municipal de Cultura, Emílio Kalil, o público ganhará a fachada de volta, hoje ocupada pelos banners dos espetáculos:
- A fachada é totalmente descaraterizada a cada espetáculo. Isso não vai ser mais possível. Vamos instalar um grande painel de LED, mais fino e adequado, que possibilitará a leitura dos espetáculos.
Na última sexta, a Orquestra Tabajara se apresentou na praça. Na próxima, haverá um baile com o Cordão da Bola Preta. Kalil conta que a mudança de dia foi estratégica:
- No domingo, se faz sol, as pessoas não vão até o Centro. Sábado é mais de programas em bares e restaurantes. Fazer o projeto no início da noite de sexta cria uma agitação, um grande happy hour.
Assim como os espectadores dos teatros e os amantes da música, os jogadores de sinuca ainda têm seu espaço na praça. O Bilhares Guanabara, por onde circularam grandes jogadores, mantém sua tradição, só com um detalhe novo: o almoço a quilo durante a semana, e a feijoada aos sábados. O aposentado Afonso Thiago, de 74 anos, bate ponto no bilhar nas tardes de quinta, quando revê os amigos .
- A praça não mudou nada, só tiraram as grades - comenta.