quinta-feira, 23 de maio de 2013

Moradores podem fiscalizar construção de imóveis

Fonte: R7

Ficar de olho no andamento da obra do imóvel comprado na planta ou em fase de construção é a melhor maneira de prevenir problemas como o atraso na entrega, ou defeitos encontrados nas propriedades. Para isso, os futuros moradores têm o direito, garantido por lei, de organizar uma “Comissão de Representantes”.

De acordo com a Amspa (Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências), a regra está no Artigo 55 da Lei 4591/64, que informa a possibilidade dos compradores de imóveis se reunirem para fiscalizar o andamento da obra ainda na fase de construção.

Segundo Marco Aurélio Luz, presidente da Amspa, a “Comissão de Representantes” é um dever da própria construtora, como previsto na Lei nº 4591 de 1964. “Tão logo tenha vendido pelo menos três unidades, à vista ou a prazo, a construtora deve convidar esses pioneiros a se organizarem. Em seguida, com a vinda de novos compradores, a comissão pode ter novos membros ou haver substituição de outros”, esclarece ele. “Mas a realidade é bem diferente, as incorporadoras deixam de informar esse direito para o adquirente do imóvel. Acredito que os responsáveis do empreendimento não querem prestar contas sobre o andamento da obra por acreditarem que pode atrapalhar seus negócios”, completa.

Luz explica que “quando a construtora não promove a formação da comissão, qualquer adquirente do apartamento pode, e deve, tomar a iniciativa de ele mesmo fazer a convocação de uma Assembleia Geral de Condôminos para criar a Comissão de Representantes.

A imobiliária, por sua vez, é obrigada, por lei, a fornecer aos futuros condôminos os nomes e endereços dos que já estão participando do empreendimento. Na recusa desta prática, os donos dos imóveis podem apresentar queixa no Ministério Público do seu Estado que tomará as providências para a imobiliária fornecer os nomes e endereços. “A “Comissão de Representantes” por ter respaldo jurídico, As decisões da “Comissão de Representantes” têm respaldo jurídico e, por isso, devem ser definidas em Assembleia Geral, tal como acontece quando o condomínio já está instalado”.

Para os proprietários interessados, a Amspa auxilia a montar comissões para a fiscalização das obras. Segundo o presidente da entidade Marco Aurélio Luz, “a proposta é orientar os compradores do imóvel mesmo, ainda na planta, intermediando a reunião junto às construtoras e incorporadoras para que elas aceitem esta composição”.






Para isso, a Associação conta com uma equipe que acompanhará o desenvolvimento da construção, o que inclui a qualidade do material que está sendo utilizado na obra; o cumprimento do cronograma previsto no contrato, entre outros procedimentos. “Nós oferecemos uma equipe de engenheiros para dialogar com os profissionais das construtoras. Assim, realizamos um trabalho em conjunto para orientar, posteriormente, o comprador do imóvel”, acrescenta.

Luz ressalta que o processo não implica em um confronto com as construtoras ou quaisquer agentes envolvidos na construção da obra. “Além da fiscalização, buscamos sempre colaborar com a construtora na solução de eventual problema que possa surgir sem sua culpa, mantendo todos os compradores informados. Nossa proposta é por em prática o monitoramento para depois apresentarmos um relatório aos futuros condôminos como forma de garantir total segurança ao comprar seu imóvel”.



Para organizar a "Comissão de Representantes", o mutuário precisa apresentar documentações como o número de matrícula do imóvel e obter certidão de ônus reais da matrícula no Cartório de Registro de Imóveis correspondente à situação do imóvel em questão. Para orientar sobre a documentação necessária, checar a situação do imóvel e de seus proprietários, a Amspa recomenda que os mutuários não paguem o imóvel à vista se não tem conhecimento de como a construção será feita. “Se o proprietário comprar pelo modo de parcelamentos e, no decorrer da obra, observar algo errado, ele ainda pode recorrer a Justiça e retirar parte do dinheiro já pago pelo imóvel” conclui Luz. 

 

Precauções para a compra de imóvel inventariado


Fonte: R7 




Quando o preço do tão sonhado imóvel se apresenta bem inferior ao praticado pelo mercado, é quase impossível evitar o impulso da compra. Por exemplo, os bens que constam em inventários podem custar até 60% do valor de mercado, porém comprá-los pode apresentar riscos, diz o diretor comercial e de locações da Primar Administradora de Bens, Carlos Samuel Silva Freitas.

“É preciso avaliar se vale a pena correr o risco, e o primeiro passo é saber qual é o tipo de processo; se está correndo no Cartório de Notas ou na Justiça. Quando não há herdeiros incapazes ou menores de idade, o inventário vai para o cartório e leva cerca de dois meses para ser concluído. Se o processo corre na Justiça, o risco é maior. Neste caso, é necessário o auxílio de um especialista para analisar os motivos que levaram o inventário até a Justiça”, aconselha o diretor da Primar.

Silva Freitas recomenda que, antes de compra, o ideal é examinar a idoneidade de todos os envolvidos no processo do inventário, desde o falecido, até os herdeiros e seus cônjuges.

“As informações podem ser obtidas em certidões negativas da Fazenda Pública, Ações Cíveis e Interdições e Tutela. No Superior Tribunal de Justiça é possível saber se há alguma ação fiscal, e na prefeitura devem ser tiradas as certidões negativas de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), e de situação fiduciária. Há ainda o Registro Geral de Iimóveis, onde é possível tirar a Certidão de Ônus Reais”, aponta ele.

Se realmente houver intenção de compra, ressalta Silva Freitas, o aconselhável é dar um sinal para segurar o imóvel, até que o inventário seja concluído.
                                 

“Uma boa imobiliária, com profissionais preparados, terá capacidade de lidar com este tipo de processo, evitando dores de cabeça, negócios inseguros e garantindo que todas as informações sejam verdadeiras. É recomendado que uma data seja estipulada para que a situação seja resolvida, havendo multa caso a conclusão do inventário demore mais do que o combinado”, acrescenta.

No caso do inventário correr na Justiça, o diretor da Primar recomenda desistir da compra, já que a conclusão do processo pode levar vários anos. Quando há mais de um imóvel no inventário também é preciso cautela, já que a situação dos outros pode interferir naquele que está sendo negociado.

“Outro fator que pode complicar a compra é o número de herdeiros. Quanto mais pessoas envolvidas, mais complicado é o processo, em especial quando estes possuem dívidas. A vantagem de comprar um imóvel em inventário é que quanto maior for o tempo de espera, maior será a economia do comprador”, finaliza o diretor da Primar Administradora de Bens, Carlos Samuel Silva Freitas.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Preço de imóvel se estabiliza


O Dia, 22/mai

Valorização desacelerou e há mais possibilidade de negócios no Rio, mostra bolsa do setor
A valorização dos imóveis no Rio de Janeiro desacelerou e vem se mantendo, desaquecida principalmente em bairros como Copacabana e Botafogo, aponta levantamento feito pela Bolsa de Imóveis do Rio (Birj). Segundo a instituição, os proprietários também estão mais dispostos a negociar o valor do imóvel, o que pode representar queda de até 15%.
A pesquisa foi fechada após estudos para avaliações específicas de imóveis à venda em diferentes regiões da cidade, nas quais se usou o método comparativo para analisar o padrão de valores pedidos pelos proprietários. De acordo com Eduardo Pompéia, engenheiro responsável da bolsa, houve freada, a partir de 2012, na alta dos valores dos imóveis e no número de negociações.
"De forma geral, o mercado imobiliário tem se apresentado bem menos agressivo nos valores efetivos de venda, principalmente nos bairros de Copacabana e Botafogo, na Zona Sul", explica.
Como a procura por imóveis diminuiu, a capacidade de negociação aumentou. "Antes, a busca era tão grande que poucas pessoas davam margem para negociação. Hoje, o valor com negociação efetiva pode baixar em até 15%", afirma.
Segundo dados do Índice da Fipe, a variação no preço em março deste ano foi de 1,2%. A maior alta foi de 3%, em maio de 2011, levando em conta o período de janeiro de 2008 a abril de 2013. De janeiro de 2012 a abril deste ano, a variação ficou estável. A tendência, para Eduardo Pompéia, é que os preços dos imóveis se estabilizem e passem a acompanhar a inflação.
Atraso na entrega
Construtoras e incorporadoras que entregarem imóveis fora do prazo serão obrigadas a indenizar o comprador em 2% do total do imóvel. A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) derrubou o veto do governador Sérgio Cabral à proposta do deputado Wagner Montes (PSD) e garantiu que a norma entre em vigor. A lei prevê também multa de mora de 0,5% sobre o valor do imóvel ao mês e torna obrigatório o aviso, com antecedência de seis meses, da possibilidade de atraso.