sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Aluguel consome mais de um terço da renda das famílias em 25% dos imóveis locados no Brasil



Tudo bem?

Mais uma matéria superinteressante.

Quem ainda está pensando em ficar no aluguel, eu garanto que não é uma boa alternativa.

Olha a pesquisa do IBGE!




O Globo, 17/dez

A Síntese dos Indicadores Sociais de 2014, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE, mostrou o peso dos aluguéis no orçamento das famílias brasileiras. Em mais de um quarto do lares, as famílias comprometem mais de 30% da renda domiciliar com aluguéis, o que os pesquisadores chamam de ônus excessivo. A parcela de 30% é considerada a fatia máxima ideal para se gastar com as despesas do imóvel. Por isso, os bancos costumam limitar a 30% a prestação nos financiamentos habitacionais. De todos os lares, essa proporção alcança 5,2% do total de 55,8 milhões de domicílios urbanos. No Distrito Federal, essa parcela sobe para 9,5% e, entre os alugados, para quase 30% (29,1%)

- Quando se separa pela renda, a situação é ainda pior: em 11,6% do total de domicílios, o aluguel consome mais de 30% da renda e entre os alugados, são 55% - afirmou o pesquisador do IBGE Rubem Magalhães.

No total, 20,3% dos lares no Brasil são alugados, parcela maior que em 2004, quando representavam 17,8%.

"Um valor de aluguel que corresponda a uma parcela elevada do rendimento domiciliar pode indicar uma situação de vulnerabilidade, na medida em que os gastos com moradia estarão comprimindo a renda disponível apra satisfazer outras necessidade da unidade domiciliar, especialmente no caso de famílias de baixa renda", diz a pesquisa.

O Rio de Janeiro, apesar de ter tido a segunda maior alta no valor do aluguel este ano, 10,93% contra a média das regiões metropolitanas de 8,73%, manteve-se dentro da média quando se olha todos os domicílios: em 5,3% dos lares consomem mais de 30% com aluguel. Quando se olha somente os imóveis alugados, o Rio fica pior que o Brasil: 29,7% contra 25,7% da média brasileira.

Comprometer mais da renda com aluguel também está relacionado ao tipo de família, de acordo com os dados da pesquisa. Está mais presente em lares de um morador só e mãe ou pai sozinho com filho. Nos casais com filhos, o aluguel pesa menos no orçamento.

DÓLAR ALTO ATRAI ESTRANGEIROS



Olá.


Para você que está pensando em investir em Hotel, fique por dentro do assunto.

Eis uma matéria muito interessante.

Um abraço.



O Globo, 23/dez

A temperatura aumentou e a sensação térmica chegou a 50 graus. No Arpoador, religiosos mergulharam vestidos. Com sensação térmica beirando os 50 graus e expectativa de receber mais de 3 milhões de turistas, a cidade espera que o verão dos 450 anos seja um dos mais aquecidos dos últimos tempos. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-RJ), as altas temperaturas devem estimular ainda mais o turismo em terras cariocas: de acordo com o presidente da instituição, Alfredo Lopes, a taxa de ocupação média dos hotéis entre dezembro deste ano e março de 2015 tende a ser 10% a 15% superior à registrada no mesmo período da temporada passada.

A ocupação média de dezembro a março deve ficar na casa dos 80%. No ano passado, o mesmo período fechou com média de 75%, sendo 60% desse público proveniente do mercado nacional - diz Lopes, acrescentando que os meses de janeiro e fevereiro registram a maior incidência de turistas de lazer.

DÓLAR ALTO ATRAI ESTRANGEIROS

Com a alta do dólar e a grande divulgação obtida pela cidade no exterior durante a Copa do Mundo, analisa Lopes, a quantidade de turistas estrangeiros no Rio deve crescer 15% em relação ao verão passado.

- Temos aí duas vertentes: com a alta do dólar, o turista estrangeiro está aproveitando que seu dinheiro está valendo mais. Além disso, a Copa deu à cidade uma mídia espontânea muito positiva, tanto que, logo após o mundial, os hotéis da cidade começaram a receber reservas de turistas de outros países para o réveillon e o carnaval - comenta o presidente da ABIH.

A prefeitura também espera que a estação aqueça a economia. A expectativa da Secretaria de Turismo do Rio é que a cidade receba, entre os meses de dezembro de 2014 e março de 2015, 3,464 milhões de pessoas, visitantes que devem gastar por aqui US$ 2,77 bilhões. No ano passado, o Rio registrou a entrada de 3,256 milhões de visitantes, que movimentaram US$ 2,605 bilhões. Os dois maiores atrativos são a festa de Ano Novo, na Praia de Copacabana, e o carnaval. Somente no réveillon, são esperados 816 mil turistas, 49 mil pessoas a mais que na virada de 2013/2014. De acordo com a Riotur, a geração de renda está estimada em US$ 653 milhões, superior aos US$ 614 milhões do ano anterior. Já no carnaval, segundo planejamento da prefeitura, 977 mil foliões vão se divertir nos blocos de rua ou nos desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí, injetando US$ 782 milhões na economia carioca. No carnaval que passou, 918 mil turistas deixaram na cidade US$ 734 milhões.

O verão, que começou às 21h03m ( horário de Brasília) de anteontem, chegou com força total, com sensação térmica de 55 graus em Guaratiba, de acordo com o Centro de Operações da prefeitura. Mas as temperaturas não devem ultrapassar os índices da média climatológica (de 1970 a 2000), segundo o Climatempo. Os picos de calor, com temperaturas acima de 40 graus, serão menos frequentes do que no verão 2013/2014.

Janeiro será marcado por chuvas fortes, dizem os meteorologistas, mas o restante do verão deverá ser mais seco. Em fevereiro, a estimativa é de 100mm a 200mm de chuvas, em torno de 50mm abaixo da média.

Ontem, a cidade amanheceu com os termômetros marcando temperaturas acima de 30 graus em diversos bairros. A máxima foi registrada em Guaratiba, Zona Oeste do Rio: 39,6 gaus. Mas a sensação térmica, segundo o sistema Alerta Rio, da prefeitura, chegou a 50 graus. Durante todo o dia o calor foi tão intenso que, no Aeroporto Santos Dumont, por exemplo, foi preciso colocar aparelhos extras de ar-condicionado, já que os existentes não davam vazão. Na Praia do Arpoador, algumas pessoas entraram na água de roupa e tudo e se esbaldaram assim mesmo.

Diante do calorão, a prefeitura decidiu dar uma repaginada nos figurinos. A partir de hoje, servidores públicos do município, cobradores de ônibus, motoristas de táxi, de ônibus e de vans vão poder trabalhar de bermudas. Mais conforto, mas sem exageros: de acordo com decreto do prefeito Eduardo Paes, previsto para ser divulgado hoje no "Diário Oficial", as bermudas devem chegar pelo menos na altura dos joelhos. O decreto é válido até 31 de março de 2015.

O decreto dá autonomia aos secretários e presidentes de autarquias para decidirem sobre exceções devido à natureza das atividades. São os casos, por exemplo, dos garis que atuam na coleta de lixo ou de engenheiros que trabalham na vistoria de obras públicas.

A iniciativa da prefeitura de liberar bermudas em repartições municipais e para profissionais que trabalham no transporte público já é antiga no Rio. A primeira regulamentação foi feita pelo ex-prefeito Cesar Maia e valeu de dezembro de 2003 a março de 2004.

Ontem à tarde choveu em algumas regiões do estado. Um temporal deixou o Rio Meudon, em Teresópolis, na Região Serrana, em estado de alerta, segundo o Inea. Todos os outros rios que cortam a Região Serrana estão em estado de atenção, devido à previsão de ocorrência de chuvas fortes e moderadas. O mesmo acontece com os rios das regiões Norte e Noroeste Fluminense.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O que valoriza ou deprecia um imóvel

O Dia, Imóveis, 07/dez

Em qualquer negociação, a lei da oferta e da procura é que determina o preço do produto. No caso dos imóveis, seja para comprar ou alugar, o valor da unidade também será de acordo com o número de interessados em morar no bairro.

Para quem é inquilino, proprietário ou investidor, é importante avaliar alguns fatores externos na hora de negociar. Itens como segurança, serviços e infraestrutura disponíveis tornam uma região mais prestigiada e procurada do que outras.

"A maioria sonha em morar em regiões próximas do trabalho e de onde estuda. Com o trânsito caótico, estar perto de estações de metrô, de bancos e de supermercados é um atrativo a mais para um bairro. Com certeza, esses serviços por perto elevam bastante a procura e, consequentemente, o preço de um imóvel", explica Germano Leardi Neto, diretor da imobiliária Paulo Roberto Leardi.

Segundo ele, cemitérios e favelas também podem desvalorizar um bem. "Por conta do barulho, avenidas de grande fluxo, feiras e presença de transporte público farto tendem a depreciar unidades residenciais. No entanto, esses fatores podem elevar o preço de salas comerciais, já que ajudam no fluxo de funcionários", ressalta o diretor.

Edison Parente, vice-presidente comercial da Renascença Administradora de Imóveis, endossa que o entorno contribui para a valorização ou depreciação.

"A redondeza tem infraestrutura de transporte, saneamento, segurança e lazer? Se tem, provavelmente é um imóvel valorizado no mercado. Se não tem, ainda há espaço para valorizar, pois a infraestrutura chegará", diz.

Ele complementa que as áreas que continuam a se valorizar, mesmo após o desaquecimento do mercado imobiliário, têm esse movimento por conta das questões de melhoria de infraestrutura.

"Enquanto algumas áreas se mantêm estagnadas, outras se valorizam pelo investimento dos governos municipal, estadual e federal em obras como o Parque Madureira e a implantação das UPPs e dos corredores expressos de ônibus", afirma Parente.

Opções de crédito

O Fluminense, Especial Habitação, 15/dez

É natural que exista dificuldade para a aquisição de um bem de alto valor, principalmente para quem está começando a vida. Os financiamentos têm por função facilitar o acesso das pessoas a esses bens, mas se por um lado ajudam na hora da compra, a obtenção de crédito também gera endividamento, e por isso precisa ser muito bem planejada. Nesse caso, é recomendável avaliar o quanto se pode pagar e buscar conciliar uma boa compra com prestações que não comprometam demais o orçamento.

Atualmente, construtoras e imobiliárias estão cada vez mais prestando auxílio aos compradores durante todo o processo para conseguir um financiamento. Muitas vezes os empreendimentos lançados já iniciam a comercialização com um modelo de financiamento sugerido. Além disso, algumas empresas também oferecem cartilhas de orientação ao cliente sobre como proceder em relação ao processo de financiamento.

O principal ponto a ser observado antes da escolha do melhor modelo de financiamento é a situação financeira do comprador, através de seus comprovantes de renda e a sua capacidade de pagamento, pois só assim será possível decidir por uma modalidade de financiamento bancário, explica o diretor regional da PDG Rio, Cláudio Hermolin.

"Os financiamentos imobiliários, como produtos financeiros montados pelos bancos, visam fornecer crédito para aquisição de imóveis, usando como garantia do pagamento o próprio imóvel. As opções mais comuns são os financiamentos bancários que podem ser com o imóvel na planta, em construção ou pronto, ou o financiamento direto com a construtora, onde os prazos são normalmente menores", explica o diretor.

O economista e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Ivando da Silva Faria concorda que a escolha do financiamento adequado deve levar em conta o comprometimento de renda.

"A prestação a ser paga pelo financiamento é composta por juros e amortização. Juros é quanto custa você utilizar em seu benefício recursos que não são seus, é quanto você paga a quem lhe emprestou. Já amortização é o pagamento, a devolução do dinheiro que lhe foi emprestado", explica.

Segundo Ivando, as modalidades de financiamento bancário, ou tabelas, se dividem em conceitos, sendo os mais utilizados o Price e o SAC.

"O Price oferece prestações constantes ao longo do prazo do empréstimo e as amortizações são crescentes, começam baixas e vão aumentando. No SAC (Sistema de Amortização Constante), as prestações são maiores no início, mas paga-se menos juros ao longo da vida do empréstimo. Existe ainda o Sacre, que tem amortizações crescentes. Muito adequado para um jovem, pois no início vai amortizar pouco e ao final, muito. Em geral as instituições financeiras não falam dessas possibilidades e apresentam planos padronizados, mas é possível negociar", ensina.

Ivando Faria lembra que o não pagamento da dívida pode levar o imóvel a leilão, e aconselha que as pessoas, por prudência, optem por um imóvel com um valor abaixo do que acreditam poder pagar. Segundo ele, uma boa estratégia é começar a vida adquirindo um imóvel pequeno para poder pagar as prestações e ainda poupar, para que a médio prazo se tenha recursos para adquirir um imóvel melhor.

"O hábito da poupança é um aspecto extremamente positivo na vida das pessoas. Um jovem deve optar por um imóvel de valor mais baixo e amortizações crescentes. Já um profissional com boa renda pode escolher um imóvel de preço mais elevado em um sistema decrescente ou constante. Não há muito mistério. Na verdade é uma questão que deve ser tratada para cada indivíduo de forma diferente", afirma o economista.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

O drywall, uma técnica coringa!

O Globo, Morar Bem Niterói, 06/dez

Quando se fala em obra prática, rápida e limpa, o drywall, sistema de construção a seco, é o queridinho de arquitetos, uma técnica coringa não apenas para paredes (como o nome diz), mas também para efeitos de iluminação em teto, módulos decorativos, painéis de TV, nicho de livros ou móveis, além de aliado na hora de esconder fiações elétricas. Já o antigo processo em gesso está ficando para trás, acredita a arquiteta Margarete Giada, que projetou um quarto de bebê numa casa em Santa Rosa. O resultado vem agradando clientes interessados na tríade praticidade, economia e beleza.

- A cliente pediu um efeito de céu estrelado para acalmar o bebê. Com o drywall fiz círculos com pontos de LED no interior, em volta do lustre. O sistema de placas é fácil de moldar. Em duas horas a base fica pronta. E mais limpo do que uma obra com alvenaria, tijolo e massa corrida - diz, salientando que uma parede feita com drywall também pode simular uma de alvenaria.

O segredo, explica, está na tecnologia oculta dentro das placas, já que o sistema pode combinar, por exemplo, estruturas de aço galvanizado com chapas de gesso de alta resistência mecânica. Até a acústica do ambiente pode ser otimizada quando ele é utilizado em paredes, podendo ser decorada formando volumes, cavidades, curvas ou linhas retas. Para o teto, os níveis de iluminação vão além de produzir efeitos especiais, caso do projeto dos arquitetos Renata Barreto e Marcel Cysneiros, no qual a estratégia foi usada para delimitar espaços numa casa em Itaipu.

- Eu projetei módulos com teto rebaixado para dividir os ambientes das salas de estar e jantar. Uma das paredes, também feitas com drywall, recebeu uma luz de destaque para seus quadros decorativos com vasos de flores. Esta tecnologia é muito versátil e pode ser usada em todos os ambientes da casa - diz Renata, fã da técnica de iluminação. Na sala de jantar de um apartamento em Charitas, o arquiteto Pedro Gismondi, em parceria com o colega Guilherme Corrêa, se apropriou do método para criar um bar moderno.

- O casal de clientes coleciona garrafas de vodca Absolut, trazidas de viagens, e queria exibi-las como em uma vitrine. Este drywall foi estruturado com alumínio por dentro e ganhou um revestimento que simula madeira de demolição. No ambiente ao lado, projetei um painel de TV com teto flutuante. Hoje até paredes de edifícios são feitas com este sistema econômico - frisa.

Outro toque especial no bar, conta, foi a aplicação de uma escultura da paisagem carioca, dividindo prateleiras. Entre as opções de revestimentos, a cerâmica, o mármore, o granito, a madeira, a pintura à base de resina epóxi e as pastilhas também têm vez, seja em cozinhas ou banheiros, a partir de uma versão própria de drywall para superfícies molhadas. No mercado, há três chapas principais: verdes RU (Resistentes à Umidade), cinzas ST (standard), para áreas secas e teto, e rosas RF (Resistência ao Fogo). Há buchas específicas também para a montagem do drywall como suporte de objetos pesados, como armário de cozinha ou TV.

Uma estante com formas geométricas, cores e decoração criativa, que vai do piso ao teto, brilhou no projeto da arquiteta Desirée Bruver para renovar uma das paredes da sala de estar de uma casa em São Francisco.

- A proposta era planejar um living para acolher os amigos. Pensamos em um espaço que tivesse objetos que remetessem à memória afetiva deles e priorizamos o convívio afastado da tecnologia. Criamos, em conjunto, copa e sala de banho que também atende à área externa. Fico satisfeita em criar espaços com o qual as pessoas se reconheçam - diz Desirée, que também é artista plástica.

Os fabricantes das duráveis chapas de drywall recomendam limpeza anual, com água, detergente líquido neutro e esponja macia.

Casa sustentável é construída em Iaçu, no interior da Bahia

Correio da Bahia, 08/dez

Uma casa que só tem uma única parede no andar superior, que usou itens de reaproveitamento e foi planejada e construída pensando em conceitos de sustentabilidade. Assim foi desenvolvido o projeto de uma residência na cidade de Iaçu, no interior da Bahia, pelas arquitetas Paloma Pires e Roberta de Medeiros, do escritório Pires & Medeiros Arquitetura e Interiores.

Paloma explica que o fato do projeto ter sido concebido já pensando na sustentabilidade é um fator que colaborou com os custos da obra.

"Gastamos no projeto praticamente a mesma coisa mesmo desenvolvendo conceitos sustentáveis. Há um mito que o sustentável é mais caro", explica Paloma. O projeto demorou oito meses para construção.

Segundo Nara Soares, representante da Furukawa, é fundamental pensar no desenvolvimento sustentável do projeto desde o início. "É de extrema importância que o projeto já seja concebido e pensado em práticas sustentáveis. Nesta fase, deve-se buscar o máximo de soluções técnicas focadas em sustentabilidade", argumenta.

Obras de moradias usam tecnologia inovadora em Uberaba (MG)

Portal Brasil, 10/dez

Obras de mais de mil unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida em Uberaba receberam nesta terça-feira (9) a visita da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, do Secretário do PAC, Maurício Muniz, e do prefeito Paulo Piau.

As obras dos residenciais Anatê e do Parque dos Girassóis III e IV estão sendo realizadas com recursos do governo federal por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

Para a ministra Miriam Belchior, o Minha Casa Minha Vida é o mais exitoso programa de habitação que o Brasil já produziu e uma grande demonstração do apoio do governo federal ao crescimento do País.

"O programa garante casa para as pessoas, que é um sonho de todo brasileiro e ao mesmo tempo garante emprego para milhões de trabalhadores que constroem esses conjuntos. Uberaba é uma das cidades que bateu recorde na construção de moradias."

Unidades

Em Uberaba, foram entregues 9.461 moradias e outras 11.010 já estão contratadas, totalizando 20.471 unidades do MCMV. Para isso, foram necessários R$ 649 milhões em subsídios federais e R$ 820 milhões em financiamentos.

O residencial Anatê terá 500 unidades habitacionais e tem previsão de entrega para fevereiro de 2015.

Já o Parque dos Girassóis III terá 500 unidades. Outras 490 moradias estão previstas para o residencial Parque dos Girassõis IV.

Um dos residenciais usa a tecnologia Light Steel Frame, de armações pré-moldadas em aço galvanizado, reduzindo tempo de construção. Foto: Francisca Maranhão.

Nova tecnologia

O Parque dos Girassóis IV está utilizando uma nova tecnologia para a construção de 236 casas.

Conhecida como Light Steel Frame, esse tipo de construção utiliza armações pré-moldadas em aço galvanizado para construir casas de maneira mais rápida do que as de alvenaria.

De acordo com o engenheiro da obra, Ricardo Campos, a tecnologia agiliza a construção de casas e tem um custo muito similar ao antigo. "Esse empreendimento é o maior projeto com essa tecnologia no Brasil", informou.

É a hora de a frente marítima da Praça Quinze e da Região Portuária aparecer

O Globo, 11/dez

A vista do Centro e do Porto para a Baía, escondida desde os anos 1960, está totalmente livre com a derrubada, ontem, dos dois últimos pilares da Perimetral. Com o fim definitivo da Perimetral, é a hora de a frente marítima da Praça Quinze e da Região Portuária aparecer. Ao concluir ontem a retirada dos dois últimos pilares, na altura do 1º Distrito Naval, a concessionária Porto Novo deu por encerrado o processo de derrubada dos 4.750 metros do elevado, liberando totalmente a visão de um pedaço do Rio que estava oculto desde a década de 1960. Prédios históricos e belos já podem ser apreciados, não importa se o admirador está na Baía de Guanabara ou em terra firme. Agora, o trabalho de mudança de paisagem se concentra na construção de um passeio público, com três quilômetros de áreas verdes e de lazer, da Praça Quinze ao Armazém Oito.

O futuro boulevard dará, inclusive, acesso a espaços pouco conhecidos. É o caso, por exemplo, do charmoso calçadão que será implantado em frente ao 1º Distrito Naval. E, para que pedestres e ciclistas não precisem interromper a caminhada, será criada uma passarela sob a ponte que leva até a Ilha das Cobras - de acesso restrito da Marinha. Em formato de bumerangue, a estrutura terá cerca de 90 metros de extensão.

- Os transtornos têm sido grandes. Sem a Perimetral e com tantas obras, tenho enfrentado engarrafamento quase todos os dias. Mas, quando se vê essa nova paisagem e se pensa no futuro, entendo que vale a pena ter paciência por um tempo - avalia o contador Nilson Pereira, morador de Niterói, que trabalha no Rio.

Para a vice-presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), Cêça Guimaraens, o fim definitivo da Perimetral traz benefícios à região, principalmente nas áreas arquitetônica e urbanística. - A derrubada do elevado devolve a imagem da orla da Baía de Guanabara a moradores e frequentadores do local. A Perimetral impedia a visão da baía, o que era lamentável. Ela segregava a faixa da orla, separando a cidade construída da água - diz ela, que faz parte do conselho consultivo do patrimônio cultural do Iphan. Cêça enfatiza a importância do mar para o Rio: - Na dimensão urbanística, o fim do elevado é de um valor ímpar, pois dá continuidade do uso da orla, desde o Aterro do Flamengo, passando pela Praça Quinze e pela Praça Mauá até chegar à Avenida Francisco Bicalho. Em termos de arquitetura, vamos usufruir muito mais da visão da Candelária, por exemplo, sem falar nas edificações pré-modernistas e ecléticas localizadas na Zona Portuária.

Nas contas da Porto Novo, foram abaixo 85 mil toneladas de estrutura em concreto armado, sendo 4.420 de aço. As 820 vigas e os 135 pilares do elevado, portanto, passaram a fazer parte do passado.

- Como os dois últimos pilares estavam muito próximos à Baía de Guanabara e a um pórtico da Marinha, que é preservado, tivemos que usar um método especial para cortar o concreto. Em vez de um rompedor hidráulico, utilizamos fio diamantado. Isso para que não houvesse queda de fragmentos - explica José Renato Ponte, presidente da Porto Novo, responsável pelas obras de revitalização da Região Portuária. - O trabalho também foi feito fora do expediente, à noite e de madrugada, para não atrapalhar o funcionamento da Marinha.

OBRAS DO PASSEIO VÃO COMEÇAR NA PRAÇA QUINZE

Para José Renato, a demolição da Perimetral foi dos maiores desafios das obras do Porto Maravilha. Mais de 500 funcionários participaram da operação, que envolveu duas grandes implosões, a primeira delas - o trecho que ia da Avenida Pereira Reis à Rua Silvino Montenegro - há pouco mais de um ano. A segunda implosão ocorreu em abril deste ano, no trecho entre os prédios da Polícia Federal e do 1º Distrito Naval. O processo, no entanto, começou em outubro de 2012, com a remoção da primeira rampa do elevado, na altura da Avenida Barão de Tefé.

Alberto Gomes, presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio (Cdurp), gestora da prefeitura na Operação Urbana Consorciada Porto Maravilha, também fala em desafios:

- A conclusão da remoção da Perimetral marca o fim de uma fase cujo desafio foi muito mais a quebra de paradigma do desenvolvimento urbano da cidade do que de engenharia. Agora, durante a remoção, já iniciamos a segunda etapa da operação, que é refazer a infraestrutura e a urbanização de toda essa frente marítima da cidade. O processo muda em definitivo o padrão de mobilidade urbana do Centro.

Em relação a dois vãos do elevado junto à Rodoviária Novo Rio, o presidente da concessionária Porto Novo diz que eles não fazem parte do projeto inicial do Porto Maravilha:

- Estão sendo feitos estudos que vão dizer se eles permanecem ou não. Eles só serão retirados se for constatado que será melhor para o trânsito.

Já as obras de reurbanização estão em andamento no trecho do boulevard em frente ao futuro Museu do Amanhã, na Praça Mauá. E, em breve, começarão na área junto ao Museu Histórico Nacional, na Praça Quinze, diz o presidente da Porto Novo.

José Renato confirmou que as obras do Porto Maravilha estarão prontas a tempo das Olimpíadas. A Via Binário - que ligará a Região Portuária ao Centro - deverá estar totalmente concluída no fim deste ano. Paralela à Via Binário e no lugar da Perimetral, a Via Expressa, que vai ligar o Aterro à Rodoviária Novo Rio, ficará para 2016.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Vila dos Atletas: sustentabilidade começa na obra

O Globo, Morar bem, 30/nov

Redução da emissão de gases do efeito estufa, implantação de usinas de concreto, reuso de resíduos, gestão de água e energia. As medidas - que, verdade seja dita, já poderiam ser implantadas em qualquer obra - são algumas das que estão sendo adotadas durante a construção do Ilha Pura. E o bairro planejado, que está sendo erguido na Barra e terá parte de suas unidades usada como acomodação pelos atletas das Olimpíadas de 2016, deve se manter sustentável também após sua conclusão. Pelo menos é a intenção das incorporadoras Carvalho Hosken e Odebrecht Realizações Imobiliárias, que tocam o empreendimento.

Para isso, após o início de seu funcionamento - o que deverá acontecer a partir de abril de 2017, quando os primeiros condomínios serão entregues aos moradores -, também foram tomadas algumas medidas. As mais básicas incluem estação de tratamento de águas cinzas, para o reuso em bacias sanitárias e na irrigação dos jardins, além de instalação de lâmpadas econômicas e sensores de presença. Painéis fotovoltaicos instalados em áreas comuns vão garantir a iluminação de parte desses locais.

- Planejamos o bairro inteiro para ser sustentável seguindo orientações das certificações, como quadras de até 200 metros para facilitar a vida do pedestre, ciclovias em todas as ruas internas e no parque para que ninguém precise pegar o carro, um parque público - conta Maurício Cruz Lopes, diretor-geral do Ilha Pura.

Localizado em área de 800 mil metros quadrados, o Ilha Pura também respeitará conceitos de acessibilidade, até porque será usado pelos atletas paralímpicos. Além disso, por estar perto de vias como Transolímpica, Transoeste e Transcarioca, os futuros moradores não deverão ter tantos problemas de mobilidade como quem vive hoje na região, dizem os construtores.

- Haverá uma estação no bairro com acesso a todas as linhas de BRT que vão fazer a ligação com o início da Barra, onde estará o metrô, com o Centro, o Galeão, o Fundão - conta Lopes.

Já o parque público que será construído no centro do bairro terá mais de 72 mil metros quadrados, paisagismo do escritório Burle Marx, quadras poliesportivas e campo de futebol.

Essas medidas garantiram ao empreendimento duas das principais certificações de sustentabilidade: o Leed para Desenvolvimento de Bairros, do Green Building Council, que levou em conta a mistura de usos dos espaços urbanos, além do Aqua Bairros e Loteamentos, da Fundação Vanzolini, que considerou critérios como qualidade ambiental e vida social do bairro.

Zona Oeste tem valorização

Jornal do Commercio, 24/nov

Zona Oeste é a região da cidade do Rio de janeiro onde os imóveis à venda apresentaram maior valorização no terceiro trimestre deste ano, com relação ao trimestre anterior. Além disso, a Zona Sul continua a ter os imóveis mais caros do País, sendo que o Leblon tem o metro quadrado de valor mais elevado, chegando a RS 23,8 mil. Os números são da pesquisa Dados do Mercado Imobiliário, do portal VivaReal (DM1-VivaReal).

De acordo com o vice-presidente comercial do portal, Lucas Vargas, a expectativa de de créscimo acentuado nos preços pós-Copa do Mundo não se verificou na realidade e os preços deverão se manter elevados até o período após os Jogos Olímpicos de 2016. "Esse impacto deve acontecer não só no período de preparação como também alguns anos após o evento, como ocorreu em outras cidades sedes como Pequim (que recebeu os jogos de 2008) e Londres (2012)", explicou.

De acordo com os dados do levantamento, a Zona Oeste lidera o ranking de regiões que apresentaram maior valorização com índice de 2,9%. O bairro que apresentou maior procura foi Campo Grande, com valorização de 2,9%, cujo metro quadrado passou de RS 2,8 mil para RS 3 mil. O segundo bairro mais procurado foi Recreio dos Bandeirantes, seguido por Barra da Tijuca.

Além da Olimpíada, o vice- presidente explicou que as obras de infraestrutura realizadas na região da Barra da Tijuca valorizam os imóveis não só deste bairro como também os demais em seu entorno. "É um novo vetor de investimentos, com projetos como o Península. Tem se tornado uma região considerada cara e os bairros tem se valorizado", disse.

Por outro lado, o bairro Abolição é o que mais se desvalorizou na capital fluminense, com queda de 11,1% no preço médio do metro quadrado. Na seqüência Tanque (8.8%), Pavuna (8,4%) e Curicica (6%) completam a lista. Já a região Central apresentou desvalorização para aluguel (7,4%), mas valorização para venda (2,7%). "Assim como existe um equilíbrio entre oferta e demanda, é possível perceber uma relação entre aluguel e venda. No Rio de Janeiro, o aluguel valorizou mais. reflexo de que o consumidor tem considerado que os preços de venda estão próximos a um nível de estabilização", explicou Vargas.

Na Zona Sul. estão os valores médios de metros quadrados mais caros do Brasil, como o Leblon (RS 23.888,89), Ipanema (R$ 21.333,33) e Lagoa (RS 17.250,00).

Entretanto, o campeão de valorização na região foi o Catete com 7,4%, cujo metro quadrado passou de RS 10,7 mil, no segundo trimestre, para RS 11,5 mil no terceiro trimestre. A Glória vem em segundo lugar com 6,8%, de RS 10 mil para RS 10,6 mil; seguido de Cosme Velho, que passou de RS 7.1 mil para RS 7.5 mil com valorização de 4,3%.

Do Porto para o Anil

O Globo, 24/nov

A Vila de acomodações das Olimpíadas é transferida do Porto para conjunto do Minha Casa Minha Vida no Anil, A vila de acomodações das Olimpíadas de 2016, prevista para ser construída na Zona Portuária, atravessou a cidade e está sendo erguida pela prefeitura a 25 quilômetros de distância no bairro do Anil, na Baixada de Jacarepaguá. Batizada de Vila Carioca, o empreendimento terá 66 prédios de cinco andares, num total de 1.320 unidades habitacionais de 45 metros quadrados cada. Com 2.640 quartos, é a maior das cinco vilas que serão usadas durante os Jogos. No total, os cinco complexos terão 8.314 quartos destinados aos árbitros, jornalistas e à força de trabalho da Rio 2016.

Os prédios estão sendo construídos dentro do programa Minha Casa Minha Vida, num terreno de 43 mil metros quadrados na Estrada do Engenho d'Água, desapropriado pela prefeitura por R$ 19 milhões. Na área, funcionava parte de um antigo centro de distribuição de bebidas. Após os Jogos, os apartamentos serão destinados a moradores retirados de áreas de risco e de locais onde obras públicas de infraestrutura exigiram remoções. No Anil, a obra segue em ritmo acelerado: quatro apartamentos são montados diariamente. Enquanto isso, no Santo Cristo, o projeto Porto Vida Residencial entra no sexto mês de obras paradas. Retirado do projeto olímpico, ele segue sem data para ser retomado, transformado num esqueleto de concreto.

Já no terreno no Anil, o entra e sai de caminhões é frenético. Cerca de 200 operários trabalham no local, e a previsão é que sejam 450 em janeiro, quando deverá começar o pico da obra, com oito apartamentos montados por dia. O objetivo é que os prédios, que deverão custar R$ 99 milhões, fiquem prontos até novembro de 2015, para serem entregues ao comitê organizador dos Jogos. Na semana passada, três deles estavam com as estruturas prontas para receber os telhados e acabamentos internos. Um quarto bloco estava no terceiro pavimento.

A imensa área é delimitada pela Estrada do Engenho D'Água, pela Avenida Canal do Anil e pela Estrada de Jacarepaguá. Para chegar à Barra, os caminhos possíveis são, por um lado, a Avenida Geremário Dantas, a Linha Amarela e as avenidas Ayrton Senna e Embaixador Abelardo Bueno. Por outro, as estradas de Jacarepaguá e do Itanhangá, passando por dentro de Rio das Pedras e saindo na Barrinha. A pouco mais de um ano e meio dos Jogos, as ruas e avenidas que contornam a área da vila são estreitas e muito movimentadas. E o Canal do Anil não é uma visão agradável. Ele exala forte odor de esgoto. O assoreamento e a poluição do canal são evidentes.

PAES: CRITÉRIOS ECONÔMICOS

O prefeito Eduardo Paes argumenta que a troca da Zona Portuária pelo Anil obedeceu a critérios econômicos e urbanísticos. No Porto, diz ele, o comitê Rio 2016 teria que pagar ao consórcio construtor uma taxa de uso pelas instalações, que ficariam reservadas aos Jogos por meses, sendo entregues aos proprietários apenas em 2017. No Anil, esse aluguel não seria necessário, uma vez que o condomínio do Minha Casa Minha Vida já estava nas previsões da prefeitura para receber moradores hoje em regime de aluguel social.

- O terreno já estava desapropriado. A área escolhida está degradada e precisa de investimentos. Ao levar a vila para lá, isso obriga o município a fazer investimentos em acessos, por exemplo. A ideia é trazer melhorias para uma área da cidade que não está resolvida. O Porto já está resolvido urbanisticamente. Não precisa mais de indutor governamental para deslanchar - afirma Paes.

Em 2010, interessado em levar para o Porto um empreendimento que ajudasse, pela envergadura, a ancorar novos empreendimentos para a região, Paes convenceu o Comitê Olímpico Internacional a aprovar a construção de parte das vilas de acomodações num terreno conhecido como Praia Formosa, atrás da Rodoviária Novo Rio. Batizado inicialmente de Porto Olímpico, o residencial foi alvo de um concurso de projetos, promovido pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB). O projeto vencedor previa sete prédios, com 1.333 apartamentos. Um dos edifícios teria 40 andares e seria o residencial mais alto do Rio. Este ano, já sem a chancela olímpica, as obras foram paralisadas em junho. A construtora Odebrecht informou, por intermédio de sua assessoria, que ainda não tem data para retomar as obras, que passam por readequação financeira.

- Lá atrás, quando decidimos levar a vila para o Porto, ainda não tínhamos viabilizado a operação urbana consorciada que está permitindo a revitalização. A gente precisava de indutores, de projetos catalizadores. Mas hoje, o Porto não precisa mais desse ativismo estatal. Construir no Anil tem mais impacto em termos de legado para a cidade. Já soubemos que uma construtora quer erguer um shopping ao lado da vila no Anil - acrescentou o prefeito.

Segundo o secretário municipal de Habitação, Pierre Batista, embora o projeto da vila tenha sofrido modificações, o cronograma de entrega do conjunto até o fim de 2015 será mantido. Pierre admite que o serviço, que começou em agosto passado, está sendo ligeiramente acelerado para caber no prazo olímpico:

- Está tudo dentro do cronograma. A obra será feita em 14 meses. Normalmente, um conjunto habitacional desse tamanho fica pronto em 16 ou 18 meses. Mas o Parque Carioca, por exemplo, na Estrada dos Bandeirantes, que recebeu o pessoal da Vila Autódromo, entregamos em 12 meses.

Enquanto as melhorias urbanísticas no entorno do terreno do Anil continuam no plano das ideias - segundo a Secretaria municipal de Obras, as intervenções estão sendo planejadas - na área da obra, a Riourbe começa a erguer uma creche, uma escola e uma Clínica da Família. As unidades escolares terão capacidade para 1.140 crianças A previsão é que os equipamentos públicos estejam prontos em dezembro de 2015.

UNIDADES OFERECIDAS POR R$ 500 MIL

Das outras quatro vilas de acomodações que já estavam previstas, três são empreendimentos de alto padrão, com 4.450 apartamentos de 51 a 157 metros quadrados e clubes de serviços. Elas estão sendo construídas pela iniciativa privada, no Camorim e no Pontal, na Zona Oeste. Em páginas especializadas na corretagem de imóveis na internet, as unidades estão sendo vendidas a partir de R$ 500 mil. A entrega dessas obras está estimada para dezembro de 2015. A quarta será a Vila Verde, com 1.224 quartos, construída para os Jogos Mundiais Militares de 2011, dentro do Complexo Esportivo de Deodoro. Ela será aproveitada nas Olimpíadas.

Das cinco vilas, quatro serão usadas para abrigar parte dos 25 mil jornalistas credenciados, além dos árbitros das competições, o staff da Rio 2016 e funcionários que trabalharão nas instalações olímpicas. Todas as vilas oferecerão serviços de hotéis três estrelas e os valores de hospedagem seguirão esse padrão. Enquanto a pressa dita o ritmo no Anil, no Santo Cristo a única movimentação de obra é ao lado do esqueleto do Porto Vida, no hotel Holiday Inn Porto Maravilha, com 594 quartos. Iniciada em janeiro, a construção está com 40% das estruturas concluídas. Nos Jogos, até 90% dos quartos serão colocados à disposição do Comitê Rio 2016.

Casas populares

O Dia, Imóveis, 30/nov

Estudo feito pela Fundação Getulio Vargas revela que o país vai precisar investir mais de R$ 760 bilhões nos próximos 10 anos para atender à demanda habitacional de famílias com renda mensal de até três salário mínimos. O montante vai permitir construir mais de 11 milhões de habitações sociais, segundo levanta-mento, denominado Políticas Permanentes'de Habitação. 

Reforço com o 13º salário

O Dia, Imóveis, 30/nov

Novembro e dezembro são os meses mais aguardados por quem trabalha de carteira assinada, pois é neste período que as empresas depositam o 13° salário. Em vez de usar o dinheiro extra para pagar dívidas anteriores ou fazer novas contas, que tal aplicar na compra do imóvel ou na construção e reforma da unidade?

Segundo pesquisa da Associação Comercial de São Paulo, cerca de 3,7 milhões de brasileiros pretendem destinar parte do 139 salário para reformar a casa.

POUPANÇA DAS FAMÍLIAS

"O uso do abono de Natal tem a ver com a estratégia de poupança de cada família. Tudo começa com a vontade de conquistar o imóvel. Com isso, a pessoa deixa de fazer dívidas durante o ano, vai guardando outros extras como bônus e prêmios, além do 13º salário. Ele pode ser usado para complementar a parcela de um financiamento ou a prestação que é paga à construtora no caso de unidade na planta, além das intermediárias", explica Mário Amorim, diretor-geral da Brasil Brokers no Rio.

Fellipe Pedro, diretor da agência de publicidade Minha Comunicação, lembra que a Leduca lançou empreendimento em dezembro do ano passado que teve 75% das unidades vendidas.

"Acredito que o 13° salário foi mais um fator positivo para este resultado. O interessado pode, por exemplo, dar lance maior no sinal e, proporcionalmente, ter maior desconto no valor final do imóvel", frisa Pedro. A agência atende a sete construtoras que estarão com lançamentos até o fim do ano.

Linha de financiamento para construção ou reforma

O 13° salário também é um grande aliado para quem de¬seja construir ou reformar o imóvel, já que é possível contar com este dinheiro para qui¬tar as prestações do financia¬mento de materiais de construção. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, oferece o cartão Construcard.

Segundo dados do banco, de janeiro a outubro deste ano a instituição somou mais de 250 mil contratos por esta linha de financiamento, dos quais 17.266 são do Rio.

O financiamento Construcard tem duas fases: utilização e amortização. A primeira é para a compra do material de construção. Durante esse período, que pode variar entre dois e seis meses, o cliente paga somente os juros das com¬pras feitas. A segunda fase, que pode variar entre um e 238 meses, conforme relacionamento do cliente, é para o pagamento mensal das prestações até a quitação do contrato. As taxas de juros variam de 1,50% a 2,33%.

Aproveitando a época, o banco promoveu recentemente a primeira semana Construcard, com condições facilitadas nas compras feitas com o cartão nos estabelecimentos participantes.

Empreendimentos para todos os perfis

Durante o mês de de-zembro, a Fmac está com campanha no Village de Capri, em Jacarepaguá. O condomínio de 96 unidades, que está pronto para morar, tem entrada a partir de R$ 9.709 e 90% do imóvel financiado pela Caixa.

"Oferecemos esta condição especial para beneficiar o uso do 139 salá¬rio" afirma Rodolfo Machado, diretor da Fmac.

Na Taquara, as construtoras MR2 e Martinelli lançaram o Connect Life - Work - Trade, complexo multiuso com 390 unidades, das quais 120 são de residenciais, sendo a maior parte de quarto e sala.

Os imóveis têm preços a partir de R$ 193 mil e o empreendimento contará ainda com serviços pay-per-use (pague somente se usar), lazer com opção de mais de 25 itens e segurança 24 horas.

Já em Campo Grande, a Revori oferece o J Fernandes, com 28 unidades entre apartamentos de três quartos e coberturas com quatro quartos. As unidades têm preços a partir de R$ 425 mil. 

domingo, 30 de novembro de 2014

OPORTUNIDADE PARA INVESTIR OU MORAR EM CAMPO GRANDE


Depois de uma repaginada na Direção da Tenda, a Construtora está lançando sua mais nova "joia".

A 5 minutos do Park Shopping, com BRT na porta e próximo do Tunel da Grota Funda,   o Empreendimento RESERVA DAS ÁRVORES promete ser o melhor investimento da região com o mais baixo custo.

Apartamentos com 2 quartos a partir de R$ 160.000,00 com lazer completo, vaga de garagem e uma valorização contínua.

FGTS como parte da entrada, Subsídio e Entrada Facilitada são alguns dos atrativos para investir neste Empreendimento que já está em construção.

MAIORES INFORMAÇÕES (21) 9640-78865










sábado, 29 de novembro de 2014

Prefeitura planeja criar parceria público-privada para gerir o Parque do Flamengo

O Globo, 28/nov


O modelo é inspirado no Central Park, em Nova York, que sofreu com problemas de conservação e violência, mas deu a volta por cima depois que passou a ser gerido por uma organização privada sem fins lucrativos. Com base nisso, a prefeitura do Rio pretende buscar uma parceria público-privada para o Parque do Flamengo. O secretário municipal de Conservação, Marcus Belchior, disse que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) está realizando um estudo - que deve ser concluído em um mês - para viabilizar o novo modelo de administração. A ideia é que a mudança ocorra no aniversário de 50 anos do parque, comemorado ano que vem.


- O Parque do Flamengo é muito grande, com 1,2 milhão de metros quadrados, e não recebe apenas moradores das imediações. É grande o número de turistas e de pessoas de outros bairros. É difícil fiscalizar a conservação do paisagismo, o ordenamento e também a questão da área de desenvolvimento social, por causa do grande número de população de rua. Há ainda a questão da segurança pública. A manutenção do parque custa cerca de R$ 7 milhões por ano - disse o secretário.

UM PONTO DE ENCONTRO DOS CARIOCAS

A proposta foi discutida na semana passada no Arq.Futuro, realizado no Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico. Entre os participantes do encontro, que discutiu o tema "Parques do Brasil", estava Elizabeth Barlow Rogers, fundadora da Central Park Conservancy, entidade que nos anos 1980 passou a gerir e transformar o parque de Nova York. Hoje, 75% da receita que mantém o Central Park vêm de doações individuais, empresas e fundações. Durante o seminário, Elizabeth declarou que, no começo, havia temor de que o parque fosse privatizado e ficasse para os ricos, mas isso foi superado com o envolvimento de todos no processo.

 O modelo é inspirado no Central Park, em Nova York, que sofreu com problemas de conservação e violência, mas deu a volta por cima depois que passou a ser gerido por uma organização privada sem fins lucrativos. Com base nisso, a prefeitura do Rio pretende 
O presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, Washington Fajardo, disse que a proposta da nova gestão não prevê fechamento do parque ou cobrança de ingresso.

- A Lota de Macedo Soares, uma das responsáveis pelo projeto, já preconizava isso em 1965. Desde aquela época, já se pensava que o parque deveria ser gerido por uma fundação - lembrou Fajardo. - O novo modelo de gestão não exclui o poder público, que deve continuar fiscalizando.

Ainda segundo Fajardo, o Parque do Flamengo tem capacidade de produzir receita em quantidade suficiente para financiar a sua manutenção. Os recursos viriam da Marina da Glória, churrascaria, museu, quiosques, clubes e de eventos esportivos e musicais.

- É importante que toda a arrecadação fique vinculada ao parque - acrescentou. - Não significa usar o dinheiro para fazer algo no parque. É para mantê-lo seguro, bonito e conservado.

Para o presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), Pedro da Luz Moreira, a parceria com a iniciativa privada é interessante, mas ressalta a necessidade de total transparência no contrato. Na avaliação do arquiteto, o parque precisa ganhar vitalidade:

- Uma ideia é franquear quiosques, à semelhança do que já existe na Lagoa, para incentivar as pessoas a frequentarem o parque em qualquer horário. É importante dar confiabilidade à população de que o local é seguro.

USUÁRIOS DO PARQUE PEDEM MAIS SEGURANÇA

Os usuários do parque cobram mais segurança. Em qualquer horário, é possível ver grande número de moradores de rua e usuários de droga. Os roubos de bicicletas têm sido constantes.

- Pela manhã, me sinto mais segura. Vejo policiamento e guardas municipais em vários pontos, mas, mesmo assim, já presenciei roubos de bicicletas. A situação é pior no fim da tarde, quando alguns pontos do parque ficam perigosos. O ideal seria que nos dias de verão pudéssemos passear em qualquer horário - diz Érica Barreto dos Santos, que costuma fazer caminhadas com a cadelinha de estimação.

Por meio de nota, a Polícia Militar afirmou que o 2º BPM (Botafogo) recebeu o reforço de policiais do Batalhão de Grandes Eventos, do Grupamento de Policiamento Transportado em Ônibus Urbanos, do Regimento de Polícia Montada e do Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas para atuar no parque. Ainda segundo a PM, o policiamento na região também foi intensificado com mais viaturas e carrinhos elétricos, inclusive à noite.

IPTU de imóveis comerciais vai subir em todos os distritos de SP

Folha de São Paulo, 28/nov

O comércio de São Paulo terá o IPTU reajustado em todos os 96 distritos do município a partir de 2015. A média do aumento para os comerciantes será de 26%, contra 3,5% para as residências.

O reajuste, aprovado na Câmara Municipal em 2013, teve a cobrança autorizada nesta semana, após um ano de embargo na Justiça devido a ações do PSDB, oposição ao prefeito Fernando Haddad ( PT), e da Fiesp, que representa as empresas de SP.

Os novos carnês devem começar a ser entregues pela prefeitura no início de 2015, com reajuste máximo de 15% para os imóveis residenciais e de 30% para os comerciais.

Na maioria dos distritos da cidade ( 56), o reajuste médio para os imóveis comerciais ficará entre 25% e 29%, o que indica aumento máximo para quase a totalidade deles.

Segundo a Associação Comercial de São Paulo, o reajuste acabará sendo repassado aos consumidores, principalmente no caso dos pequenos estabelecimentos.

Comerciantes de Água Rasa ( 28%), Alto de Pinheiros ( 27,7%), Anhanguera ( 25,3%) e Aricanduva ( 26,6%) serão os mais afetados, em média.

Entre os contribuintes comerciais, haverá 27 mil isentos do imposto - 5% de um total de 517 mil. No caso dos 2,6 milhões de imóveis residenciais, os isentos são 40%.

Como o reajuste foi inicialmente aprovado para ser aplicado em 2014, a prefeitura agora terá de encaminhar um projeto de lei à Câmara para que o aumento autorizado na Justiça não tenha efeito retroativo e, dessa forma, seja aplicado apenas em 2015.

O projeto também definirá a devolução de um total de R$ 169 milhões aos contribuintes que pagariam menos ou estariam isentos do IPTU em 2014, caso o processo não fosse barrado na Justiça.

Relator do Orçamento na Câmara, o vereador Ricardo Nunes ( PMDB) disse que uma reunião nesta sexta ( 28) deve definir de onde sairá o dinheiro para essa devolução.

"Para pagar esse valor retroativo, terei que criar uma nova despesa no Orçamento. De onde vai tirar é que ainda é a dúvida", disse Nunes.

A gestão Haddad, que estima arrecadar R$ 800 milhões anuais com o reajuste, ainda estuda de quais projetos irá retirar os valores para quitar esse devolução.

Também não está definido como os beneficiários receberão esses valores, o que pode ocorrer por meio de depósito em conta ou abatimento no próximo carnê de 2015.

Haddad teve dificuldade para aprovar o projeto do IPTU em 2013. Agora, terá de convencer a base aliada.