quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Espaço coworking em prédios residenciais começa a crescer no Rio

O Globo Online, Morar Bem, 4/nov

Com os apartamentos cada vez menores e a preferência ou necessidade de se trabalhar em casa cada vez maior, o espaço coworking em condomínios residenciais começa a surgir como solução e tendência que deve vingar. O modelo já acontece em outro estados, como Paraná e São Paulo. No Rio, porém, ainda é uma ideia praticamente na fase embrionária. Há pouquíssimos projetos que oferecem uma sala compartilhada para os moradores realizarem suas atividades profissionais dentro dos condomínios. Seria o mesmo que um espaço de yoga, ginástica ou churrasqueira, porém, como um objetivo apenas: trabalhar perto de casa sem necessariamente ser dentro do apartamento.

- Nós temos um empreendimento misto em que a parte residencial são unidades de sala e quarto, então, a ideia é oferecer este espaço para o morador receber clientes e fazer suas atividades de trabalho. O morador deixa de ter a necessidade de ter um escritório em casa e passa a ter no condomínio. É a extensão da sua casa - explica Marco Túlio Cabral, diretor da MR2 que, em parceria com a Martinelli lançou este ano o "Connect Life Work Trade", um empreendimento misto na Taquara, Zona Oeste, onde na parte residencial, de 263 unidades, os moradores terão duas salas de home office para usar.

Cabral explica que o espaço comunitário será feito sob reserva e com um custo extra, o qual será cobrado junto à taxa de condomínio. O empreendimento terá também uma parte comercial, com 110 salas. Neste caso, há duas salas destinadas para reunião.

- Apesar de ser mix, os prédios são independentes. Quem está no comercial só pode reservar as salas de reunião do seu edifício. E somente quem está na área residencial tem direito ao home office.

A RJZ Cyrela é uma das construtoras que tem adequado tal proposta em seus projetos. Tanto no "Wave Ipanema" quanto no "Riserva Golf", na Barra, os moradores têm acesso a um escritório equipado com poltronas, cadeiras, mesas e wi-fi. Já no "Ocean Pontal Residence & Beach Place", no bairro Pontal Oceânico, além do espaço coworking, haverá um sala somente destinada para os estudos.

Outra construtora que também apostou na ideia é a Leduca. No condomínio "Outside", em que entre as áreas de uso comum haverá um home office, uma espécie de escritório compartilhado, para onde os moradores podem levar seus laptops para trabalhar ou estudar.

Preço médio dos imóveis sobe 0,45% no país

O Dia, 06/nov

O preço médio do metro quadrado dos imóveis anunciados em 20 cidades do Brasil teve alta de 0,45% em outubro em relação a setembro. O Rio com 0,35% e São Paulo (0,3%) registraram a menor variação mensal desde o início da série histórica em 2008. Os dados fazem parte do índice da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), divulgado ontem.

Mesmo com valor um pouco abaixo da média, a cidade do Rio continua com o metro quadrado médio mais caro. Em outubro ficou em R$ 10.830, seguida por São Paulo com R$ 8.301. Os dois municípios que apresentaram os menores preços foram Contagem, em Minas Gerais, de R$ 3. 340 e Goiânia, em Goiás (R$4.003). A média das 20 cidades pesquisadas ficou "Rio vem em ritmo alto de valorização e era esperada a estabilização. Esta é uma boa hora para investir em imóveis" em R$ 7.482.

Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi Rio (Sindicato da Habitação), explicou que esta pequena desaceleração já era esperada.

"O Rio vem em um ritmo alto de valorização e era certo que uma hora haveria estabilização. Esta é boa hora para quem quer investir em imóvel, já que o setor vai voltar a aquecer fortemente daqui a alguns meses", avaliou.

Segundo o vice-presidente do Secovi Rio, o bairro do Leblon manteve o metro quadrado mais caro do estado, chegando a R$ 25 mil.

"Já o mais barato pode ser encontrado em bairros das zonas Oeste e Norte", indicou o dirigente.

Segundo a Fipe, houve uma queda dos preços dos imóveis em termos reais, já que a alta de 0,45% do valor médio do metro quadrado das unidades das 20 cidades pesquisadas ficou menor do que o avanço de 0,5 % esperado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de acordo com o Boletim Focus, do Banco Central.

Saem os tapumes e começa a surgir a nova orla do Centro

O Dia, 06/nov

À medida que os vestígios da Perimetral desaparecem, a paisagem da futura orla do Centro se descortina e os cariocas começam a ter noção de como ficará a área após as obras. Quando tudo estiver pronto, será possível caminhar, à beira-mar, desde a Praça 15 até o Pier Mauá, onde será construído o Museu do Amanhã. A primeira parte deste passeio será inaugurada já no primeiro semestre do ano que vem.

"Até junho de 2015, entregamos o trecho da Praça Mauá até a ponte da Ilha Fiscal", prevê o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio (Cdurp), Alberto Silva. Toda a frente marítima da região, no entanto, só estará concluída até meados de 2016, lembra ele.

A extensão total do passeio, que começa no Museu Histórico Nacional e vai até o Armazém 8, na Zona Portuária, é de 3,5 quilômetros. Um pouco mais de um quilômetro fica ao lado da Baía de Guanabara. O restante segue pelo Boulevard da Rodrigues Alves, que só deverá ficar pronto no início de 2016. "Neste trecho, teremos ainda de colocar os trilhos do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e toda a infraestrutura subterrânea", conta Silva.

Na outra ponta, da Ilha Fiscal à Praça 15, a inauguração deve ocorrer no segundo semestre de 2015, já que depende da conclusão dos túneis da Binário e da Via Expressa, que se conectará ao Mergulhão. Na Praça da Misericórdia, onde há o terminal de ônibus que será desativado dia 23, os pedestres terão uma passagem subterrânea por onde cruzarão as pistas dos carros que ligarão o Mergulhão ao Aterro do Flamengo.

Silva afirmou ainda que as últimas partes da Perimetral serão retiradas até o mês que vem. Entre as principais estruturas, restam três pilares próximos à sede da Polícia Federal e à Rodoviária Novo Rio.