sábado, 18 de outubro de 2014

Quinze empreendimentos prometem levar futuro para a Zona Portuária, uma das mais antigas do Rio


O Globo, 11/out

Há lugares no Rio que proporcionam verdadeiras viagens ao passado, como Santa Teresa. Mas um passeio pela Zona Portuária, uma das áreas mais antigas da cidades, é uma chance de ver um encontro entre o passado e o futuro. Andar por ali é como assistir a uma nova etapa da história do Rio ser desenhada. Sobre um terreno que abrigou trapiches e cais, pelo menos oito grandes empreendimentos privados, entre hotéis e prédios comerciais de arquitetura moderna e com predominância de vidros nas fachadas, estão com obras em andamento. Essas intervenções fazem parte de um grupo de 15 projetos que, de acordo com o Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha, gerido pela Caixa Econômica Federal (CEF), já foram negociados para a região.

As mudanças na paisagem são cada vez mais claras. Perto da Rodoviária Novo Rio, numa rua nova e ainda sem nome, fica uma das obras que mais se destacam na Zona Portuária: uma torre de concreto de 32 andares que pode ser vista da Avenida Francisco Bicalho e do Viaduto do Gasômetro. Ela abrigará dois hotéis, o Holiday Inn e o Holiday Inn Express. O empreendimento da Odebrecht Realizações Imobiliárias contará com 594 quartos, que serão colocados à venda como unidades autônomas no próximo mês, numa operação que deverá envolver R$ 300 milhões. A previsão de conclusão é 2016.

Também em novembro, começará a funcionar o primeiro edifício privado do Porto Maravilha: o Port Corporate, que já está em processo de locação dos 22 andares e salas. A primeira empresa a ocupar o endereço, a partir do mês que vem, será a Tishman Speyer, responsável pelo projeto. A mesma companhia iniciou a construção, na Via Binário, de uma torre projetada pelo badalado arquiteto inglês Norman Foster, autor da cúpula de vidro do parlamento alemão. As obras estão em fase de fundação. A Tishman ainda tem um outro terreno na região, perto do Gasômetro, onde lançará mais um empreendimento.

MAIS 20 PROJETOS EM NEGOCIAÇÃO

Os maiores projetos da Zona Portuária são viabilizados por meio de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs), arrematados em leilão pela CEF em 2011. A compra desses certificados (foram emitidos 6,4 milhões) permite a construção de prédios com maior gabarito, chegando a 150 metros de altura na Avenida Francisco Bicalho.

- Hoje, temos 15 negócios firmados para o Porto, que representam um terço de todas as Cepacs disponíveis no começo da operação. Esses projetos vão resultar na construção de 1,3 milhão de metros quadrados de área privativa. E temos outros 20 empreendimentos em negociação, que vão consumir mais um terço do estoque total. O outro terço ainda está disponível - informa o gerente de fundos para o setor imobiliário da Caixa, Vitor Hugo, explicando que o estoque total equivale a um potencial construtivo de 4,5 milhões de metros quadrados.

A Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio (Cdurp) mapeou 123 empreendimentos previstos, sendo 51 residenciais, 38 comerciais, oito culturais, sete de hotelaria, seis institucionais e 13 de outras características. Há, nesse pacote, projetos em fase de aprovação e edifícios já em construção. Um dos maiores planos para a região, ainda em fase de aprovação, será a ocupação do do terreno do Gasômetro, uma área de um milhão de metros quadrados que abrigará prédios residenciais e comerciais, shoppings e hotéis.

Apesar da velocidade dos anúncios para a região, o ritmo dos projetos ainda é lento. A culpa, afirmam empresários envolvidos com negócios na Zona Portuária, é da retração da economia do país. Presidente da Patrimóvel, Rubem Vasconcelos diz que o mercado imobiliário deve fechar o ano com um total de vendas 30% menor que o registrado em 2013. Os investidores, ressalta ele, estão temporariamente parados, aguardando o fim do processo eleitoral.

Até agora, apenas dois empreendimentos, da Odebrecht, estão comercializados. Em três dias, em junho de 2013, foram vendidos os 450 quartos de um outro prédio que abrigará dois hotéis (das bandeiras Ibis e Novo Hotel) e as 330 salas de uma torre no complexo Porto Atlântico Leste, na Avenida Professor Pereira Reis. Os dois edifícios e um terceiro em construção no mesmo terreno ficarão prontos até o primeiro semestre de 2016. Daqui a dois meses, a Odebrecht começará as obras de mais três torres, que integrarão o Porto Atlântico Oeste.

Somente um empreendimento residencial está saindo do papel: o Porto Vida, próximo à Rodoviária Novo Rio, que foi freado pela decisão do comitê organizador dos Jogos de 2016 de tirar dali as vilas de mídia e de árbitros das Olimpíadas. O projeto e o cronograma estão sendo revistos.

Rubem Vasconcelos afirma que o tão falado boom da Zona Portuária ocorrerá a partir de 2016, com as obras de infraestrutura e do VLT prontas:

- Os projetos vão alavancar a partir das Olimpíadas. Com o palco pronto, ganharão uma velocidade maior do que a de hoje. A ocupação do Porto será um processo de dez a 15 anos.

Com o metro quadrado para espaços comerciais avaliado em R$ 15 mil (o mesmo valor de Botafogo, mas ainda abaixo dos melhores pontos do Centro, onde custa R$ 20 mil), a Zona Portuária, apostam investidores, deve atrair principalmente empresas já instaladas na cidade.

- O Porto não vai ser ocupado por novas empresas que vêm para o Rio, como se pensava lá atrás. Há uma demanda grande no Rio de empresas hoje instaladas em prédios antigos, com filas imensas nos elevadores, e que precisam se dividir em quatro ou cinco endereços - avalia Rodrigo Caldas, vice-presidente da construtora Concal, que iniciou o processo de aprovação de um empreendimento misto na Francisco Bicalho, com quatro torres.

Para Stefan Ivanov, CEO do consórcio que vai lançar as Trump Towers (ainda no papel), o Porto Maravilha ocupa um vácuo de espaços corporativos de alto padrão na cidade:

- O espaço imobiliário classe AAA no Rio representa uma parte muito pequena do mercado: menos de 10%, sendo que e o estoque corporativo está cada dia mais antigo e ultrapassado, com idade média de mais de 44 anos. Não há lugar mais lógico para esses novos empreendimentos do que o Porto.

Mercado imobiliário deve retomar aquecimento depois das eleições


Monitor Mercantil, 16/out

"O mercado deve voltar a se estabilizar apenas depois das eleições, já entrando em 2015", enfatiza Rogério Santos, diretor da Realton, especialista com 26 anos de mercado imobiliário.

Ainda segundo ele, de qualquer forma, é uma boa hora para adquirir um imóvel: a tendência é a incerteza do mercado acabar logo depois do resultado das eleições e acontecer uma retomada do aquecimento.

- Independente do governo que entrar, pegará o país em um ano delicado, em que viemos de uma decepção coletiva, que foi a copa do mundo, e uma expectativa grande de que as mudanças do novo governo não afetem o poder de compra adquirido nos últimos anos, e que deve permanecer - reforça.

Rogério ainda lembra que repete-se, este ano, um aumento no interesse por imóveis nos EUA, especialmente em Miami, segunda casa dos brasileiros de classe alta.

- Estamos percebendo uma alta de 32% na procura por imóveis de lá se comparado ao quadrimestre passado, e 18% de comparado ao mesmo período do ano passado - explica.
 
Flórida: brasileiros celebram valorização de 100% em seis anos

Brasileiros que compraram imóveis na Flórida após a crise de 2008 estão rindo à toa. A valorização desde então superou os 100% em dólar em alguns casos, fora a variação cambial do período, segundo Antonio Bardy, consultor que atua nesse e fundador da assessoria imobiliária BluBrick.

Grande parte dos que adquiriram bens à época voltou a investir no ramo, e atraiu outros interessados.

Além da valorização e proteção patrimonial, a rentabilidade das casas de temporada - e a possibilidade de desfrutar delas - atrai investidores não só do Brasil, mas do mundo todo à Flórida, em especial à cidade de Orlando. A procura dos brasileiros por esse tipo de investimento dobrou nos últimos anos, correspondendo a 80% das vendas da BluBrick em 2014.

A demanda desse grupo tem sido majoritariamente (90%) por empreendimentos novos que custam, em média, US$ 300 mil. As áreas de Davenport, Kissimmee e Champions Gate, próximas ao complexo do Walt Disney World, são as mais requisitadas, segundo a BluBrick.

- Estamos falando de casas que têm entre três e dez quartos, amplo jardim e piscina, localizadas em condomínios com inúmeras benfeitorias - explica Bardy.

O valor do aluguel de um imóvel de seis dormitórios, por exemplo, é de cerca de US$ 270 por dia, e a taxa de ocupação varia de 45% a 80% ao ano, com locações que vão de três dias a dois meses.

Os preços atrativos e as baixas taxas de financiamento - que vão de 4,5% a 8.5% ao ano - transformaram o brasileiro no terceiro maior comprador estrangeiro de imóveis da Flórida, segundo a NAR (sigla em inglês para a Associação Americana de Corretagem). Segundo o especialista da BluBrick, ainda há espaço para investimentos no setor.

- Diferentemente do Brasil, em que o mercado já está saturado, a curva imobiliária dos EUA não chegou ao ápice - analisa.

Porém, como nem todos os condomínios de Orlando permitem a locação por temporada, a dica é procurar uma corretora especializada no assunto antes de comprar um imóvel por lá. A BluBrick presta assessoria imobiliária completa para brasileiros que querem investir em terras americanas, auxiliando desde a procura pela casa e documentação até a vistoria e entrega do empreendimento, além de oferecer serviço de administração. Em 2015 a empresa espera um aumento de 50% em suas vendas, apostando na demanda de brasileiros.

Imóveis populares na Baixada

O Dia, 16/out

Os municípios de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, vão receber mais 1.800 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida. O investimento total é de R$ 151,7 milhões e serão beneficiadas cerca de 7.200 pessoas nas duas cidades.

A principal condição para uma família adquirir imóvel, por meio do programa federal, é estar enquadrada nas faixas de renda previstas. Desta forma, é preciso ter rendimento bruto mensal de até R$ 5 mil, desde que não tenha casa própria ou financiamento em qualquer unidade da federação, ou recebido anteriormente benefícios de natureza habitacional do governo federal.

A seleção dos beneficiários é de responsabilidade das prefeituras para as famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil (faixa 1). Os interessados devem se cadastrar na sede administrativa do município. Nas outras duas faixas de renda (2 e 3), a contratação é feita diretamente com a construtora com financiamento pela Caixa Econômica Federal ou o Banco do Brasil.

A faixa 2 é voltada para as famílias com ganho mensal bruto de até R$ 3.275 e a faixa 3, para rendimento total entre R$ 3.275 e R$ 5 mil. Uma das regras do contrato assinado entre os beneficiários do programa determina que o novo morador da faixa 1 não pode vender o imóvel, sem a devida quitação dos valores. Além disso, o comprador, de qualquer faixa de renda, que passar o imóvel não terá direito a novo subsidio habitacional do governo.

A assinatura dos dois contratos para a Baixada Fluminense ocorreu ontem com a participação do ministro das Cidades, Gilberto Magalhães Occhi. Em Caxias, serão 900 moradias dos residenciais Bolonha, Florência e Mendonza, beneficiando cerca de 3.600 pessoas em 45 blocos de apartamentos. Os condomínios serão construídos na Av. Governador Leonel de Moura Brizola.

Em Nova Iguaçu serão construídas mais 900 unidades. O i nv e s t i ment o d e R$67,5 milhões também beneficiará cerca de 3.600 pessoas com renda familiar de até R$ 1,6 mil. O Condomínio Parque, localizado no bairro Valverde, será composto por 15 blocos com 60 apartamentos, sendo cada de cinco andares de 12 unidades por andar.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Governo cria registro único de compra e venda de imóvel

O Ministério da Fazenda explicou que a Medida Provisória 656, publicada nesta quarta-feira, 8, no Diário Oficial, criou a concentração dos atos de matrícula para imóveis. Segundo Paulo Rogério Caffarelli, secretário-executivo da pasta, todas as informações de compra e venda de um imóvel terão um registro único, semelhante ao Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). Com a medida, o Ministério espera aumentar a segurança jurídica dos negócios, desburocratizar as operações de compra e venda e a facilitar a concessão de crédito.

Letra Imobiliária Garantida

A MP 656 criou também a Letra Imobiliária Garantida (LIG), um instrumento que será emitido exclusivamente por instituição financeira sob forma escritural. A LIG é um título de crédito nominativo, transferível e de livre negociação. Ela estará vinculada à carteira de garantias, que pode conter créditos imobiliários e títulos de emissão do Tesouro Nacional, instrumentos derivativos e outros ativos.

Caffarelli explicou que o instrumento beneficia o investidor que não quer correr o risco banco, já que, em caso de falência da instituição emissora, os ativos estão apartados do patrimônio da instituição. “Há ainda a isenção de IR sobre os rendimentos para pessoas físicas residentes no Brasil e para pessoas físicas e jurídicas estrangeiras.”


Fonte: DCI, 09/out

O passo a passo para ter financiamento



A compra de um imóvel requer muita atenção e paciência. E se o objetivo for financiar a unidade, é necessário seguir algumas dicas para que não haja problemas durante o processo. A primeira delas é a pesquisa: buscar informações na internet, fazer simulações das prestações nos sites dos bancos e organizar o orçamento familiar.
Bruno Teodoro, diretor da Estrutura Consultoria, correspondente imobiliário da Caixa Econômica Federal, orienta também que o interessado faça orçamentos de preços de diferentes empreendimentos na região escolhida.
“Não comprometer 30% da renda é muito importante, já que o financiamento é uma dívida a longo prazo. É preciso separar parte do salário para pagamento das despesas com documentação, tais como a escritura do imóvel”, explica Teodoro.

Para facilitar este processo, o diretor afirma que a empresa vai lançar uma cartilha com as etapas na compra do imóvel financiado. “O material já está no nosso site. A ideia é tratar o assunto de forma didática, orientando os futuros compradores e as construtoras interessadas em formar parcerias com a Estrutura nos estandes de vendas, no caso dos imóveis na planta”, explica o diretor.
A Associação de Consumidores (Proteste) também oferece em seu site (www.proteste.org.br) cartilha da casa própria, com assuntos como legislação, certidões exigidas, impostos, cuidados na compra do imóvel na planta, seguros e a quem recorrer no caso de problemas.
Entre as orientações estão pesquisar os juros, que variam de acordo com a renda, com o valor do imóvel e do financiamento, além de não assinar nenhum documento antes de verificar se o crédito será aprovado. Para imóvel pronto, novo ou usado, é preciso levantar se há dívidas pendentes com condomínio e IPTU.

Fonte: O Dia – 12/10/2014